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Fábio Gurgel foi o convidado do RESENHA PVT da última terça-feira. Num papo descontraído e rico em histórias, o general da Alliance relembrou seu início no Jiu-Jitsu, suas maiores batalhas dentro do tatame e nos ringues de vale-tudo, incluindo a luta contra Mar Keer e, claro, bastidores de como ele ajudou a formar um exército de campeões.
Bastante respeitado no meio da luta, Gurgel não se esquivou de alguns assuntos polêmicos e até deu algumas opiniões que, para muitos, podem soar impopulares. Uma delas é ser contra o Jiu-Jitsu se tornar um esporte olímpico.
“Quando você transforma o Jiu-Jitsu em olímpico, você está dando seu esporte para o governo, a verba talvez será destinada aos atletas… Eu até teria condição de me colocar como alguma coisa, como um treinador, como um cartola ou como qualquer coisa, pela posição que eu tenho no esporte, mas seria uma desgraça para os professores que vivem de Jiu-Jitsu, como é a realidade dos professores de Judô. Se você comparar a qualidade de vida que um professor de Jiu-Jitsu consegue ter com a de um Judô, aí está a resposta se o Jiu-Jitsu deve ser olímpico ou não”, explicou Gurgel.
Ele também se disse receoso com a proposta apresentada pelo governo do Rio de Janeiro na última terça-feira, que prevê que o Jiu-Jitsu e outras modalidades de defesa pessoal sejam obrigatórios nas escolas públicas do estado.
“É muito legal, mas também me preocupa”, frisa. “É uma notícia boa? Claro que é! Seria maravilhoso se isso, de fato, tivesse um cuidado na implementação. Quando diz que vai ser obrigatório nas escolas, a primeira coisa que me vem, vindo de um governo do Rio de Janeiro, é quanto eles vão ganhar com kimono, quanto que se está desviando de dinheiro público… é irreal.”