Um campeão duplo do UFC e um do Bellator. A academia Pitbull Brothers atualmente é a única no Brasil com título nas duas maiores organizações de MMA do mundo. O campeão olímpico Henry Cejudo, dono dos títulos no peso-mosca e no peso-galo do UFC, mais uma vez está treinando em Natal, como fez antes de conquistar os seus cinturões no UFC. E desta vez Cejudo trouxe junto com ele o ex-desafiante ao cinturão dos médios Kelvin Gastelum, que vai ficar três semanas trocando experiência na academia dos irmãos Pitbull. Campeão dos penas e dos leves do Bellator, Patrício Pitbull comemorou a chegada dos dois lutadores em sua academia e falou sobre a importância deste intercâmbio, especialmente agora que seu irmão Patricky irá lutar, no dia 31 de dezembro, na segunda fase do GP do Rizin FF.
“É uma troca de informações. Aprendo muito com eles também. Eu acredito que o Gastelum nos procurou porque viu a mudança de postura em combate do Cejudo, principalmente essa parte de entrar e sair sem ser atingido. O Cejudo veio por isso, até por conta da minha baixa estatura para a categoria. Então, ele disse que era o que ele precisava acrescentar no jogo dele. Além disso, o clima do nosso time é excelente e temos um material humano de muita qualidade e bem diversificado, o que também motivou a vinda deles. Temos aqui seis treinadores com experiência em formar campeões mundiais e defender títulos. Nenhuma outra equipe no Brasil tem isso”, enalteceu Patrício.
Cejudo começou a treinar com os irmãos Pitbull em 2017, antes de conquistar o seu primeiro título no UFC, e desde então passou a fazer parte da equipe. Patrício acredita que o sucesso de Cejudo tenha motivado Gastelum a procurar a Pitbull Brothers.
“Assim como eu e o Cejudo, o Gastelum também é baixo para a categoria dele, e ele viu isso no meu jogo e no do Cejudo. Lembrando que eles tem ótimos treinadores e que conseguem fazer os ajustes necessários. Mas treinar aqui é uma visão diferente, uma armadura diferente do que 95% dos lutadores fazem. Todos que perdem falam que vão voltar mais forte e se reinventar, mas o que eles fazem é voltar para a academia e repetir a mesma coisa de sempre. Então, não mudam nada. Podem ficar mais forte, mais agressivos, mas não mudam o estilo de jogo. O Gastelum saiu da zona de conforto, assim como fez o Cejudo”, analisou o potiguar.
Os americanos ainda não estão com luta marcada no UFC. Henry Cejudo ainda se recupera de uma lesão no ombro. Gastelum lutou em novembro e perdeu na decisão dividida para Darren Till na primeira luta após a disputa de cinturão contra Israel Adesanya. Patrício aguarda a definição de seu próximo adversário no GP dos penas do Bellator. Na estreia, em setembro, ele dominou Juan Archuleta e venceu na decisão unânime.