Ex-jogador de futsal, sergipano troca as quadras pelos ringues e faz a sua estreia no Jungle Fight

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Carlos “Kaique” Henrique luta no 31 de janeiro no Jungle 101 - Foto: Arquivo Pessoal
Carlos “Kaique” Henrique luta no 31 de janeiro no Jungle 101 – Foto: Arquivo Pessoal

O sergipano Carlos “Kaique” Henrique fará a sua estreia no maior evento de MMA da América Latina no próximo dia 31 de janeiro, quando o Jungle Fight realizará a sua edição de número 101 na cidade de Contagem, em Minas Gerais. Kaique King, como é conhecido em Aracaju, estreou no MMA em 2014, mas fará apenas a sua quarta luta. Depois de perder em sua estreia e ficar indeciso sobre um retorno aos cages, ele voltou a lutar em 2018 e engatou duas vitórias seguidas. Aos 27 anos, o lutador espera apresentar o seu cartão de visitas, ganhar visibilidade e deslanchar de vez no esporte.

“Estou muito feliz em lutar em um evento que eu sempre quis participar como atleta. Espero fazer o melhor para ser o melhor nesse esporte. Depois da minha estreia, quando acabei perdendo porque o meu ombro saiu do lugar, fiquei um tempo afastado estudando e também me fortalecendo. A verdade é que eu estava meio indeciso se queria voltar a ser atleta. E falo em ser atleta no geral, pois já tinha tentado jogar futsal e não tive apoio ou algum olheiro que pudesse me levar a outro patamar no esporte. Aqui em Aracaju está melhorando agora, então ainda tenho o sonho de ir muito mais longe”, declarou Kaique, que terá pela frente o mineiro Max Gandra.

No tempo em que ficou indeciso sobre uma volta ao MMA, Kaique teve a oportunidade de passar um tempo em São Paulo treinando na 011 MMA Team, onde conheceu o atleta do UFC Marcos Pezão, o ex-UFC Diego Brandão, o veterano Flávio Álvaro, entre outros. Foi quando voltou para a sua cidade e decidiu que era hora de retomar ao cages.

“Eu trabalhei um tempo de carteira assinada no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) na área administrativa. Também trabalhei na Unimed na recepção, mas ninguém nesse país consegue viver de salário mínimo. Depois desse período em São Paulo, eu resolvi retomar o caminho da luta. Hoje eu vivo da luta, dou aulas para me sustentar, e estou em busca de boas oportunidades como lutador de MMA”, disse o sergipano.

Kaique começou a praticar luta ainda criança por incentivo de seu pai, que o ensinava Capoeira. Mas ele acabou dando um tempo para tentar realizar o sonho de ser jogador de futebol. Aos 15 anos, quando ainda jogava futsal, ele foi convidado para participar de um projeto de Boxe, onde acabou conhecendo também o Muay Thai e o Submission. Ele ficou dois anos no projeto e passou a treinar Muay Thai. Aos 20 anos, desistiu do futebol e passou a se dedicar apenas as artes marciais.

“Tentei ser jogador até os 20 anos, mas acabei desistindo. Quando eu tinha 18 anos fiz Muay Thai com um amigo meu, o Mestre Anderson, e ele me apresentou ao Dymitry Damianny, que me chamou para fazer parte de sua equipe, a DFC (Dimitry Fight Center). Devo muitos a ele. E, claro, aos meus pais que sempre me apoiaram. Mas eles querem que eu me forme na faculdade de Educação Física que estou cursando no momento (risos)”, finalizou o casca-grossa.