O potiguar Patrício “Pitbull” Freire está há 10 anos no Bellator e se tornou uma das principais estrelas da organização americana. Nesse período, ele fez 22 lutas no cage circular, ganhou torneios e se tornou campeão em duas categorias. Atual dono do cinturão dos penas e dos leves, o lutador de 32 anos enfrentou diversas batalhas no Bellator, mas ele destaca três que marcaram a sua trajetória na organização. A primeira delas foi contra Pat Curran. Após perder o primeiro confronto, em janeiro de 2013, por decisão dividida, ele teve, em setembro de 2014, a chance de uma revanche. Dessa vez ele venceu por decisão unânime e conquistou pela primeira vez o cinturão dos penas.
“Essa foi a primeira vez que eu fui campeão mundial. Foi uma emoção única. Eu atingi o meu objetivo principal, que era ser campeão. E a vitória ainda foi em um revanche, já que eu tinha perdido pra ele em uma decisão dividida em janeiro de 2013. Eu lembro que na época estávamos discutindo muito na internet… É inexplicável, não tenho palavras para descrever o que senti naquele momento. Fui campeão mundial, tinha me preparado 20 anos para aquilo. Foi o auge pra mim”, relembrou Patrício.
A segunda luta que marcou Patrício foi contra Daniel Straus, em abril de 2017. Foi a quarta luta entre eles e em jogo estava o cinturão do penas, que Patrício tinha perdido exatamente para o americano em novembro de 2015 por decisão unânime dos juízes. Para retomar o título, Patrício encaixou uma guilhotina no início do segundo round e voltou a ostentar o cinturão da categoria.
“Eu enfrentei o Daniel Straus quatro vezes. Fui perder na nossa terceira luta, em novembro de 2015, por pontos. Até hoje tenho as minhas dúvidas se eu perdi aquela luta. Foi uma luta muito acirrada. Mas enfim, ele tomou o cinturão, e em abril de 2017 eu fiz uma nova luta contra ele e retomei o cinturão, e estou com o título até hoje. De quatro lutas, eu venci três. Neste quarto combate, na retomada do título, meu filho estava na platéia. Foi a primeira vez que o meu filho foi para a arena, e eu sai vitorioso. Foi muito especial, pois pude dedicar a vitória ao meu filho ali na arena”, contou.
E a terceira luta mais emblemática da trajetória de Patrício no Bellator foi contra o desafeto Michael Chandler, em maio de 2019. Chandler já havia vencido Patricky, irmão de Patrício, em duas oportunidades e a rivalidade entre o americano e or irmãos Freire estavam a flor da pele. Depois que a organização marcou o confronto entre Patrício e Chandler valendo o cinturão dos leves, os dois intensificaram a troca de farpas pela internet. No dia da luta, Patrício só precisou de um minuto para vencer por nocaute, vingar seu irmão e abocanhar o segundo título do Bellator.
“A terceira luta mais marcante da minha carreira foi contra o Michael Chandler. Um cara que todo mundo dizia que poderia vencer o Khabib Nurmagomedov (campeão do UFC), um lutador muito duro, que já tinha, infelizmente, vencido o meu irmão duas vezes. E ainda teve todo aquele falatório, ele dizendo que ia bater na minha família toda, e eu consegui vencer e vingar o meu irmão com um minuto de luta. Conquistei o segundo título e ter o cinturão lá em casa, representando a cabeça dele, é para fechar com chave de ouro as três lutas mais emblemáticas da minha carreira”, concluiu.