Após oito anos como faixa-preta e centenas de pódios nas principais competições de Jiu-Jitsu do planeta, Lucas Pinheiro finalmente atingiu o grande objetivo de sua carreira ao conquistar no último domingo (3) em Long Beach, na Califórnia, o título Mundial da IBJJF. Essa era a única medalha dourada que faltava para a sua coleção. E para alcançar o topo na categoria peso galo, ele teve que passar por quatro adversários duríssimos, entre eles Bebeto Oliveira – a quem Lucas já tinha derrotado na semifinal do Brasileiro da CBJJ em uma luta épica, onde escapou de um justíssimo arm-lock de dentro do triângulo para definir a luta com um estrangulamento pelas costas -, e o campeão Mundial de 2022 Thalison Soares.
“Ganhar o Mundial na faixa-preta é o que todo competidor almeja na carreira. Esse era o meu sonho. No ano passado eu ganhei o Mundial No Gi e só faltava o Mundial de kimono. Graças a Deus eu consegui. Eu ganhei de todo mundo nesse Mundial. Ganhei do campeão Mundial faixa-marrom do ano passado, ganhei do campeão Brasileiro do ano passado, venci o Bebeto Oliveira, que foi campeão Pan-Americano e Mundial No Gi, e do Thalison, que era o atual campeão até a nossa luta. Foi maravilhoso conquistar esse Mundial ao lado da minha família, e com o meu professor ali me acompanhando. Estou muito feliz e realizado”, disse o faixa-preta da Atos Jiu-Jitsu.
Com o Mundial de kimono, o manauara, que possui no currículo os títulos do Mundial No Gi, do Europeu No Gi, do Pan-Americano, do Brasileiro de Jiu-Jitsu, entre outros, entende que fechou o seu ciclo nos tatames. Apesar de estar no ápice de sua carreira, Lucas decidiu que era a hora de pendurar o kimono. O faixa-preta disse que já se sente realizado com tudo o que alcançou na carreira e que agora é o momento de pensar em outras possibilidades para o seu futuro.
“Não tinha melhor momento para me aposentar. Eu já tinha decidido isso, já estava no meu coração que se eu fosse campeão Mundial eu iria me aposentar. Eu já ganhei tudo o que tinha para ganhar na faixa-preta. Estou feliz e realizado com todos os títulos que conquistei, então esse era o melhor momento, me aposentar no topo, como campeão Mundial de Jiu-Jitsu. Agora vou focar na minha família e trabalhar pensando no meu futuro de outras formas. Agora só penso em dar aulas, ter os meus alunos e viver a minha vida”, explicou Lucas.
“Foram oito anos como faixa-preta tentando e, graças a Deus, eu não desisti. Se aposentar no topo é o melhor sentimento de todos. Espero ter ensinado muita gente com isso. Para tudo existe um momento bom e esse era o meu momento. Tinham pessoas que eu nem imaginava que estariam lá. O Ronaldo Jacaré é meu ídolo e ele estava lá. Foi o melhor momento de todos. Foi uma benção de Deus e eu não podia deixar passar”, concluiu o campeão Mundial.