Aos 41 anos, faixa-preta brasileiro segue na ativa e mira título no Mundial de Jiu-Jitsu No-Gi

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Fábio Trindade é multicampeão de jiu-jítsu - IBJJF/Divulgação

Tricampeão brasileiro, heptacampeão amazonense, medalhista no Mundial de Jiu-Jitsu e lutador de MMA, o faixa-preta Fábio Trindade possui um vasto currículo no mundo das lutas, mas aos 41 aos, ainda não se dá por satisfeito.

Fábio Trindade é multicampeão de jiu-jítsu – IBJJF/Divulgação

Atualmente atuando como professor em filiais da Gracie Barra em Northdrige e Tarzana, nos Estados Unidos, onde ensina adultos e crianças, o brasileiro também continua competindo. E para este ano, sonha em conquistar uma medalha de ouro no Mundial No-Gi da IBJJF, programado para acontecer no início de dezembro, em Las Vegas (EUA).

“Comecei a treinar em 1997, ne equipe Monteiro Jiu-Jitsu, em Manaus-AM, onde peguei todas as minhas faixas, da laranja até a preta. Sou profundamente grato aos meus mestres Binho, Guto, Yano e Lucinho Monteiro. Eles foram fundamentais para o meu crescimento na luta e na vida. Tive destaque inicialmente na faixa-azul juvenil, mas sempre amei competir e continuo”, disse o manauara, que completou:

“Este ano meu plano é lutar algum Open sem quimono e me preparar para o Mundial No-Gi da IBJJF, além de disputar um ADCC Open também. Eu lutei ano passado em Las Vegas, mas não fui bem e queria voltar para fazer melhor agora”.

Completando 19 anos como faixa-preta em 2023 – e prestes a pegar o 5º grau -, Fábio Trindade ainda foi vice campeão no Mundial Master em 2020, possui títulos do American National com e sem quimono, entre outras conquistas: “Já venci bastante, mas nunca estou satisfeito, sempre quero me testar. Estou desde 1997 lutando campeonatos de Jiu-Jitsu e nunca parei. Acho fundamental continuar competindo pois assim estarei sempre evoluindo, melhorando”.

Hoje morando em Los Angeles, Califórnia, onde representa a Gracie Barra, Fábio Trindade deixou Manaus em 2016 atrás do sonho de viver da arte suave nos Estados Unidos. O faixa-preta brasileiro ainda passou por Las Vegas e San Antonio, no Texas, antes de se encontrar no estado californiano, onde está há seis anos.

“Morei em Vegas, depois San Antonio por um ano e em Houston alguns meses antes de vir para Los Angeles. Tive um choque cultural muito grande pois as pessoas aqui são mais frias, diferente dos brasileiros. Tempo é dinheiro, está todo mundo focado no seu, mas eu gosto da loucura de Los Angeles. Além disso, me encontrei na Black House MMA”, relembrou o lutador.

Experiência nas artes marciais mistas

Apesar de ter no Jiu-Jitsu sua grande paixão – e profissão -, Fábio Trindade também se aventurou no MMA, onde registra um cartel de cinco vitórias e cinco derrotas. Sua última luta ocorreu em 2017, pelo LFA, mas antes ele passou por outros eventos de destaque em busca do sonho de chegar ao UFC, o que acabou não acontecendo.

Em sua trajetória, o brasileiro contou com o apoio da equipe Black House MMA, onde conheceu diversas lendas do esporte e viveu experiências que carrega consigo até hoje. “Eles me acolheram logo quando eu cheguei em Los Angeles. Lembro de ver as notícias sobre a equipe na TV e, quando percebi, estava lá treinando e saindo na porrada com os melhores. Isso te dá muita confiança. Tenho uma gratidão eterna por todos, em especial meu irmão e manager Ilan Xathakis”, afirmou Fábio Trindade.

“Estreei no MMA em 2007, ainda nas regras do PRIDE. Fiquei muito nervoso, mas mostrei que sabia mais do que só Jiu-Jitsu e venci por nocaute técnico no segundo round. Fiz mais quatro lutas no Brasil e depois outras cinco nos EUA, queria entrar no UFC, não deu certo, mas ok, fiz tudo o que tinha que fazer. Tomei algumas decisões erradas na época, mas Deus sabe o que faz. Tive a chance de treinar com os melhores do mundo. Essa experiência e conhecimento ninguém me tira”, encerrou o casca-grossa.