Com meio milhão de reais já pagos em premiações, a VMB, evento de capoeira com pouco mais de dois anos de existência, anunciou uma novidade neste início de ano. A primeira é uma reformulação no nome, trocando “Volta do Mundo – Bambas” por “Volta ao Mundo – Bambas”, numa demonstração de proximidade ainda maior com a comunidade capoeirista.
“A história dessa ascensão meteórica remonta a agosto de 2022, quando a então VMB — inspirada pelo jargão “volta ao mundo”, utilizado pelos capoeiristas ao circular a roda — decidiu apostar em torneios profissionais, com regras definidas, sistema de ranqueamento e prêmios financeiros substanciais. À época, a capoeira sofria com a evasão de praticantes promissores, que enxergavam no MMA ou em outras modalidades perspectivas melhores de carreira. A criação de um ambiente competitivo sólido foi a solução para esse impasse: ao valorizar a arte-luta e remunerar os campeões, a organização trouxe de volta mestres experientes e atraiu jovens potenciais que antes migravam para o jiu-jítsu ou para o boxe”, comunicou a VMB em nota.
“O foco principal é profissionalizar a capoeira sem apagar sua essência histórica. Queremos que cada roda sirva de inspiração para que os atletas sonhem com o cinturão e a premiação, mas também mantenham viva a herança cultural que fez desse esporte uma referência mundial”, afirma Saverio Scarpati, diretor-executivo do VMB, destacando a missão da instituição. Já para Aritana Silva, diretor-técnico, a expansão fora do país é uma prova de que a ginga brasileira tem tudo para conquistar novos adeptos: “Acreditamos que a capoeira não tem fronteiras. Nosso objetivo é mostrar que ela pode alcançar um patamar de competitividade, visibilidade e organização similar a qualquer outra arte marcial reconhecida internacionalmente.”