Por Alan Oliveira
Em junho de 2018, Lucas “Perizinho” Rodrigues foi preso com outros dois suspeitos de espancarem até a morte Alexander de Paiva Azevedo, de 19 anos, num evento na quadra da escola de samba Caprichosos de Pilares, no Rio de Janeiro. Em julho deste ano, Perizinho ouviu a notícia que esperava há cinco anos: estava absolvido. Ao PVT, o lutador afirmou que quer recuperar o tempo perdido.
“Ser preso injustamente atrasou minha vida, minha carreira, trouxe muitos traumas psicológicos. Foram muitas oportunidades perdidas, como um contrato para lutar na Espanha. Agora só quero retomar minha vida e dar a volta por cima disso tudo, e farei isso!”, garantiu Lucas, citando os traumas no cárcere:
“Foi horrível, cela com super lotação, vaga para 64, mas tinha 160 presos dentro dela. Fui tratado como criminoso sendo inocente!”, lamentou Rodrigues.
O processo assinado pelo juiz Gustavo Kalil mantém a acusação e a pena para Gilberto Antonio Casado Rosa, o Russão do Gelo. Porém, absolve Perizinho por não reconhecer a participação dele no crime. Na época da prisão, Lucas foi reconhecido por foto pela esposa da vítima.
“O delegado influenciou a esposa do Alexander mostrando uma foto minha com meu nome e apelido. Como ela sabia que eu estava no evento, associou e me apontou culpado sem saber, porque meus advogados provaram que ela nem estava no evento, como poderia ter visto alguma coisa? E quando o crime ocorreu, eu já tinha ido embora do evento. Os próprios acusados falaram que eu não estava lá. Então pretendo processar o Estado pelo erro, pela falta de profissionalismo, por não investigarem como deveriam”, criticou o acusado, ora absolvido.
Liberado pela Justiça, Perizinho treina na Caverna Team, em Pilares, Rio de Janeiro, e quer tomar a carreira o quanto antes.
“Até outubro estarei pronto. Estou treinando muito, só falta melhorar o gás. Mas os eventos já podem me procurar”, finalizou o atleta de 26 anos.