Mark Kerr x Arona; Marcelo Garcia x Renzo; Royler x Eddie Bravo; Cacareco x Sonnen; Sperry x Roger; Jacaré x Cachorrão; Saulo x Dean Lister; Werdum x Pe de Pano; Saulo x Jacaré; Werdum x Lindland. Estes foram alguns dos clássicos que marcaram a 5º edição do ADCC. O palco desta primeira edição realizada fora de Abu Dhabi, foi o ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, nos dias 17 e 18 de maio de 2003.
FOTOS: Marcelo Alonso
Mais uma vez os brasileiros dominaram vencendo quatro das seis categorias disputadas. Nesta edição, porém, os locais foram surpreendidos em algumas categorias. Na leve o Tricampeão Royler Gracie foi finalizado pelo americano Eddie Bravo; na até 98kg o norueguês John Olav deu show e conquistou o primeiro título para a Europa depois de vencer os favoritos Roger Gracie e Alexandre Cacareco. Já no absoluto, o americano Dean Lister também surpreendeu vencendo a categoria mais cobiçada, garantindo presença na superluta de 2005 em Los Angelas, contra Ricardo Arona, que neste ano derrubou o campeoníssimo Mark Kerr.
Uma semana após a histórica 14º edição do ADCC realizada em Las Vegas e marcada pela coroação de mais cincos lendas do esporte ao Hall da Fama (Jean Jaques, Fabricio Werdum, Ronaldo Jacaré, Xande Ribeiro, Viny Magalhães e Orlando Sanchez) é interessante relembrar esta primeira edição fora de Abu Dhabi, que além de duelos inacreditáveis também foi marcada pela estreia de cinco campeões e membros do Hall da fama do ADCC: Roger Gracie, Ronaldo Jacaré, Marcelo Garcia, Dean Lister e Xande Ribeiro.
MARCELO GARCIA, A REVELAÇÃO DO EVENTO
Convidado às pressas para suprir a ausência do americano Dennis Hallman na categoria até 77kg, Marcelo Garcia (Brasil) empolgou o Ibirapuera e se consagrou como a maior revelação do torneio. Com excelente técnica e muita agilidade, o faixa preta de Fábio Gurgel pegou as costas de Vitor Shaolin e apagou o experiente atleta da Nova União com um mata-leão em menos de 30 segundos, na terceira participação de ambos na categoria até 77kg. “Não tenho desculpas para dar. Eu nâo conhecia o jogo dele e ele soube me surpreender. Nunca perdi dessa maneira. Foi tudo muito rápido, tentei girar para escapar e acabei apagando. Não bati porque não deu tempo”, resumiu Shaolin, que era apontado como um dos favoritos na categoria.
Nos dois confrontos anteriores, Marcelinho derrotara o japonês Kiumo Kunioko e vencera nada mais nada menos do que um de seus ídolos, o bicampeão do evento Renzo Gracie, em um contundente 12 a 0. Na final do peso, o mineiro não deu chance para o americano Otto Oslon. Depois de um ataque ao pé de Oslon, Marcelinho raspou, pegou as costas e finalizou-o com um mata-leão, levando os US10 mil de prêmio da categoria. A excelente participação no peso fez com que a organização selecionasse Marcelo Garcia para a disputa do absoluto e ele, mais uma vez, empolgou a galera.
No lado mais difícil da chave Marcelinho pegou de cara o wrestler americano Mike Van Arsdale (20kg mais pesado) e só precisou de dois minutos para pegar suas costas e obriga-lo a desistir com um mata-leão. Na segunda luta Garcia acabou sendo vencido pelo favorito Márcio Pé-de-Pano (30kg mais pesado) por 6 a 0.
HÉLIO GRACIE ASSISTE DERROTAS DE RENZO, ROYLER, RYAN E ROGER
E não foi apenas a derrota de Renzo Gracie para Marcelo Garcia que surpreendeu o público que compareceu ao Ibirapuera no sábado, primeiro dia de disputas do torneio. Logo na primeira rodada da categoria até 99kg, o tricampeão de Abu-Dhabi Zé Mário Sperry foi eliminado por Roger Gracie, campeão mundial de Jiu-Jitsu em 2002, na faixa marrom. O mais novo dos Gracie na competição não deu bola para a maior experiência de Sperry, atacando o tempo inteiro, o que acabou lhe dando uma vantagem de 5 a 0 no placar, com uma montada e uma passagem de guarda.
Invicto nas edições anteriores e considerado o maior nome das quatro edições anteriores do torneio, Royler Gracie entrou neste ADCC 2003 como um dos favoritos da categoria até 66kg.
O dia até que começou bem para o Gracie, que estreou finalizando com um mata-leão, o americano Charles Pearson, após tentar um arm-lock e pegar as costas de Pearson. Só que ninguém contava com o jogo eficiente do campeão da seletiva americana, Eddie Bravo. Aluno de Jean Jacques Machado, Bravo procurou jogar sempre por baixo, com Royler buscando passar a guarda do americano. Em um bote certeiro, Eddie, na sua única tentativa, conseguiu encaixar um triângulo e acabou com a invencibilidade do Gracie, sob os olhares do pai de Royler, Hélio Gracie, que estava na Tribuna de Honra do ginásio e foi embora após a luta.
Outro Gracie que foi eliminado na primeira fase foi Ryan. Primo de Royler e irmão de Renzo, Ryan pegou logo de cara a fera Ronaldo Jacaré, campeão da seletiva brasileira. Procurando intimidar o adversário, o Gracie chegou a empurrar Jacaré para cima da mesa de juízes, mas isso não tirou a concentração do manauara, que partiu para o ataque e após passar a guarda de Ryan, colocou o joelho na barriga, fazendo 5 a 0, tirando o irmão mais novo de Renzo da competição.
Após a derrota dos primos, Roger Gracie ficou com a responsabilidade de representar sozinho a família no evento, repetindo o que já havia ocorrido no último Mundial de Jiu-Jitsu. Com a vitória sobre Zé Mário, Roger enfrentou o renomado Rigan Machado a quem venceu por 3 a 0. Entretanto, na semifinal do peso, Roger foi parado pelo norueguês John Olav Einemo, que começou nas costas do brasileiro e atacou a luta toda, chegando aos 2 a 0 com uma raspagem.
Lister vence absoluto e pega Arona nos EUA
O segundo dia de competições foi marcado pela disputa das finais das categorias e pela convocação dos 16 atletas (que se destacaram nas cinco categorias) escolhidos pela organização do torneio para voltarem ao tatame e mostrar quem era melhor, independente do peso. De um lado do absoluto, o no1 da Luta-Livre, Alexandre Cacareco (Brasil) finalizou o campeão mundial de Jiu-Jitsu Rodrigo Comprido (Brasil) e Andy Reese (USA) com uma guilhotina e venceu, na semi-final, Fabrício Werdun (Espanha) por 9×0. Do outro, o americano Dean Lister, que perdeu para Alexandre Ribeiro (Brasil) na Segunda luta do peso, também ia dando o seu show, finalizando o conterrâneo Nathan Marquardt com uma Kimura, depois pegando o campeão da categoria até88kg, Saulo Ribeiro (Brasil) com uma chave de pé e, então, vencendo Márcio Pé-de-Pano, campeão da categoria acima de 99kg.
Na final entre Cacareco e Lister, o brasileiro começou tentando encaixar uma guilhotina em Lister, que escapou. A luta voltou em pé, mas rapidamente foi para o chão, com Cacareco bobeando na guarda e deixando o pé. Lister aproveitou e encaixou uma chave de pé, que lhe deu a vitória e o direito de fazer a super-luta em 2005 contra o brasileiro Ricardo Arona (BTT), vencedor da super-luta deste ano.
“O Arona é o meu melhor amigo brasileiro, tenho certeza que faremos uma grande super luta” declarou Lister comemorando o prêmio de US$ 40 mil dado ao campeão do absoluto. Durante a comemoração de Dean Lister, o campeão da superluta, Ricardo Arona, apareceu para cumprimentar o seu futuro oponente, e comentou: “. Este ano vinguei meu mestre e em 2005 pretendo vingar o meu amigo Cacareco”, anunciou o atleta do Brazilian Top Team.
AS NOVAS POTÊNCIAS DA EUROPA
Mas não foram só os representantes americanos (Eddie Bravo e Dean Lister) que surpreenderam os brasileiros, o norueguês John Olav Einemo e o único representante da Espanha na competição, Fabrício Werdum, também deram show de técnica mostrando que a Europa também já é uma potência no submission.
Olav, aluno do brasileiro Marcelo Yogui (faixa preta de Carlos Gracie) já havia mostrado seu valor na última edição do evento (ADCC2001) quando com apenas 2 anos treinando Jiu-Jitsu venceu Rigan Machado e Rolles Gracie Jr., perdendo nas semifinais para o grande nome do evento, Ricardo Arona (campeão do peso e absoluto) e para Alexandre Cacareco que o finalizou com uma guilhotina na disputa de terceiro lugar.
Muito mais experiente, já tendo inclusive participado de alguns eventos de Vale-Tudo, Olav veio este ano como um dos favoritos da categoria até 99kg. Depois de finalizar com tranquilidade o americano Brandon Vera (armlock) e o australiano Larry Papadopulos (estrangulamento), Einemo superou Roger Gracie, que havia passado por Mário Sperry e Rigan Machado.
Mesmo sendo faixa roxa de Jiu-Jitsu, Einemo deu show de técnica em cima da mais nova revelação da família Gracie que é campeão mundial de Jiu-Jitsu, pegando as costas do faixa preta em três oportunidades.
Na final contra Alexandre Cacareco, Einemo mais uma vez surpreendeu com sua excelente técnica de pegada pelas costas e devolveu aquela derrota de 2001 (na disputa do 3o lugar) finalizando o brasileiro com um mata-leão. “Sonhava com esta revanche há muito tempo. Estou tão feliz que não tenho nem motivação de lutar no absoluto”, nos revelou o simpático norueguês que faturou US$ 10mil pelo título e acabou cedendo sua vaga para o campeão Dean Lister.
O brasileiro Fabrício Werdum, que hoje mora na Espanha, onde dá aulas de Jiu-Jitsu foi outro que representou bem a Europa. Convidado as pressas para substituir o americano Rico Rodrigues, o faixa preta de Sílvio Behring foi um dos grandes nomes do evento, fazendo um total de oito lutas e conquistando o segundo lugar na categoria até 99kg e o terceiro no absoluto.
Fazendo lutas bonitas, sempre em busca da finalização Werdun conquistou a torcida ao finalizar nomes como Tsuoshi Kohsaka (Japão), Mike Van Arsdale (USA), Akira Shoji (Japão), Márcio Pé de Pano (Brasil), se consagrando junto com Marcelo Garcia, como grande revelação do evento.
Curiosamente a chance de lutar no maior evento de grapplers do mundo caiu do céu para Werdun. Em viagem a Los Angeles onde disputou o panamericano de Jiu-Jitsu, conquistando uma medalha de prata e outra de bronze, o brasileiro foi convidado pelo amigo Marcus Vinicius de Lucia para trienar Mark Kerr e aceitou prontamente. ” Se não fosse o Kerr nada disto seria possível foi ele que pediu aos organizadores que me dessem uma chance, eles deram, e eu aproveitei o maximo!”, me contou Werdum a época. Curiosamente, depois desta participação no ADCC 2003, o gaúcho conseguiria uma vaga no 1o Jungle Fight cinco meses depois. Na sequência seria convidado por Cro Cop para treiná-lo na Croácia. Graças a esta parceria com o Croata, Werdum estreou no Pride 29 em 2005 finalizando Tom Erikson, Iniciando sua consagradora carreira no MMA. Werdum é o único peso pesado que finalizou três dois maiores da história do MMA, Fedor, em 2010; Minotauro em 2013 e Cain Velasquez em 2015. Luta que lhe garantiu o cinturão do UFC.
Arona surpreende um irreconhecível Kerr
Como em todas as cinco edições do ADCC, um dos momentos mais esperados pelos fãs do Submission era a superluta entre o campeão do absoluto em 2001, Ricardo Arona, e Mark Kerr, que derrotou Zé Mário Sperry na superluta de 2001. Entretanto, na véspera do torneio, durante a coletiva de imprensa, todos pressentiram que havia algo de estranho com o wrestler americano, que simplesmente não se fez presente. Kerr ainda ignorou vários convites de entrevista e não saiu do quarto do hotel, arrancando de Ricardo Arona um comentário irônico: “Só espero que ele também não suma na hora da luta”, provocou.
Ele não sumiu, mas, assim que entrou no ginásio do Ibirapuera para fechar o primeiro dia de competições, todos perceberam porque ele vinha se escondendo. Kerr estava irreconhecível, bem acima do peso. A falta de motivação do americano era tamanha que ele interrompeu a luta por algumas vezes, chegando a pedir calma para Arona e reclamando do seu excesso de “agressividade”. Quando o sinal de pontuação liberada foi dado, Kerr mostrou que, mesmo fora de sua melhor forma, ainda é um grande Wrestler, bloquendo todas as quedas tentadas por Arona durante o tempo normal. Porém, no tempo extra, Arona mostrou o seu jogo, derrubando o americano e chegando no seu lado, fazendo os quatro pontos que lhe garantiram a vitória e a presença na próxima edição do torneio, em 2005, no Japão.
— Realizei meu sonho, dei um quedão no Kerr — declarou ao final do combate o campeão Ricardo Arona, prometendo vingar o amigo Cacareco na superluta de 2005, quando enfrentará o campeão do absoluto deste ano, Dean Lister. Já Mark Kerr, admitiu ter sentido o peso de um período de longa inatividade. “Fiquei dois anos sem lutar, por isso estive sem ritmo e sem o melhor condicionamento físico. Além disso, o Arona foi muito bem”, comentou o norte-americano.
Leozinho vinga Royler
As finais começaram com Leonardo Vieira (Master) e o havaiano Barret Yoshida pela categoria até 66kg. Leozinho não tomou conhecimento de seus adversários para chegar à final. O atleta da Master finalizou o americano Allan Teo na estréia do torneio, depois venceu o brasiliense Rany Yahrya, campeão da seletiva brasileira, por 9 a 0 e passou o carro no campeão da seletiva americana, Eddie Bravo, fazendo 15 a 0. Já Yoshida, que declarara antes que viera a São Paulo para derrotar os Gracie e os seus alunos, passou por Katsuya Toida, por Mike Mrkulic, até cumprir a sua promessa ao derrotar Alexandre Soca, faixa preta de Carlinhos Gracie, nas semifinais.
Procurando trabalhar com a regra, Leozinho passou os primeiros dez minutos apenas estudando o o jogo de Yoshida, esgrimando bastante enquanto ainda não havia pontuação (nas finais, as lutas duraram 20 minutos). A torcida, sem entender a estratégia, passou a vaiar os dois lutadores, mas, quando começou a valer ponto, todos no ginásio perceberam a tática do brasileiro, que derrubou o adversário por duas vezes e garantiu os quatro pontos da vitória. O passeio foi tão grande que em uma tentativa de double-leg por parte de Yoshida, Leozinho chegou a simular uma tourada, pulando por cima do adversário enquanto este atacava suas pernas, arrancando aplausos da sua torcida.
SAULO VENCE JACARÉ E FATURA BI
Hexacampeão mundial de Jiu-Jitsu e campeão do ADCC 2000, Saulo Ribeiro vingou a velha guarda que participou do torneio ganhando o peso até 88kg e se sagrando bicampeão da competição. Mas o título não veio fácil, com Saulo travando uma verdadeira batalha na final, contra o vencedor da seletiva brasileira, Ronaldo Jacaré. Para chegar à decisão, o aluno de Royler passou pelo tricampeão do Shooto Yuki Sasaki, venceu Rodrigo Comprido (Master) com uma queda e derrotou, na semifinal, o campeão da seletiva americana, David Terrel. Do outro lado, Jacaré só encarou pedreira. Primeiro venceu Ryan Gracie com uma queda, depois finalizou o medalhista olímpico Matt Lindland, com um arm-lock, para então, fazer a melhor luta da competição contra Ricardo Cachorrão, que foi apontada por todos os presentes como a melhor luta já realizada nas quatro edições do evento.
No encontro dos amazonenses Saulo e Ronaldo, o respeito prevaleceu nos primeiros dez minutos, com muito estudo de ambos os lados. Quando passou a valer ponto, Saulo partiu logo para o ataque e, depois de uma tentativa de single-leg, defendida por Jacaré, Saulo foi nas costas do conterrâneo e colocou os ganchos, arrancando os três pontos da vitória. O mais premiado aluno de Royler ainda teve fôlego de lutar e fazer bonito no absoluto, enfrentando Jeff Monsen e Dean Lister. “Fui até o limite de minha energia…depois de vencer a maior revelação dos últimos tempos na minha categoria, lutei mais 20 minutos com o Jeff Monsen e me livrei de uma espinha que eu tinha na garganta”, desabafou Saulo, que no ADCC de 1999 havia sido eliminado pelo mesmo Monsen na final do superpesado. Na semifinal Saulo cansou e acabou perdendo para o campeão Dean Lister em luta muito disputada.
PÉ DE PANO CONSEGUE TÍTULO INÉDITO
A categoria acima de 99kg é a única que nunca foi vencida por brasileiros, com Ricco Rodriguez (USA )vencendo em 98, Mark Kerr (USA) levando em 99 e 2000 e o gigante Mark Robinson (Africa do Sul) ganhando em 2001. Sabendo de todas as dificuldades, o campeão da seletiva brasileira Márcio Pé-de-Pano entrou neste ADCC com o intuito de acabar com a hegemonia estrangeira. Logo de cara, o atleta da Barra Gracie derrotou o campeão da seletiva americana, Mike Whitehead, e finalizou, com um mata-leão, o campeão até 98kg do ADCC 99, Jeff Monsen. Depois, com certa tranqüilidade, finalizou Alex Negão (BTT), com um Katagatami.
Chamado às pressas para o lugar de Ricco Rodriguez, Fabrício Werdun (Espanha) no outro lado da chave, deu show e conquistou seu lugar na elite do submission mundial. Werdun procurou atacar sempre os seus adversários, empolgando a galera paulista, que viu o brasileiro finalizar Mike Van Arsdale, na semifinal, com um triângulo. Azarão, Fabrício manteve na final com Pé-de-Pano o mesmo jogo que vinha dando certo.
Muito movimentada, a luta começou com Werdun partindo para o braço do atleta da Barra Gracie, que defendeu. No contra-golpe, Pé-de-Pano girou e foi nas costas de Fabrício, que conseguiu escapar. Werdun depois quase definiu a luta a seu favor, quando atacou o campeão da seletiva brasileira com um arm-lock e, na seqüência, com uma mão-de-vaca. Porém, a vitória ficou com Pé-de-Pano, que, no segundo final fez 3 a 0. Para Fabrício, restou o prêmio de US$5 mil dado ao vice-campeão e o convite para lutar o absoluto onde devolveu a derrota para Pé de pano, ficando com a terceira colocação.
RESULTADOS ADCC 2003
Até 66kg
Campeão – Leonardo Vieira (Brasil)
Vice – Barret Yoshida (USA)
Terceiro – Royler Gracie (Brasil)
Até 77kg
Campeão – Marcelo Garcia (Brasil)
Vice – Otto Oslon (USA)
Terceiro – Vítor Shaolin (Brasil)
Até 88kg
Campeão – Saulo Ribeiro (Brasil)
Vice – Ronaldo Jacaré (Brasil)
Terceiro – David Terrel (USA)
Até 99kg
Campeão – John Olav Einemo (Noruega)
Vice – Alexandre Cacareco (Brasil)
Terceiro – Roger Gracie (Brasil)
Acima de 99kg
Campeão – Márcio Pé-de-Pano (Brasil)
Vice – Fabrício Werdun (Espanha)
Terceiro – Alex Negão (Brasil)
Absoluto
Campeão – Dean Lister (USA)
Vice- Alexandre Cacareco (Brasil)
Terceiro – Fabrício Werdun (Espanha)
Superluta
Campeão – Ricardo Arona (Brasil)