No último domingo (7), Lucas Pinheiro mostrou o motivo de ser um dos grandes nomes brasileiros da arte suave da atualidade. O manauara voltou a atuar no peso-galo para ser campeão Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJ, ao finalizar Welerson Gonçalves na grande decisão, em torneio que aconteceu em Barueri, São Paulo. O faixa-preta, inclusive, venceu todos seus rivais por via rápida. Com o resultado positivo, o atleta da Atos garantiu estar pronto para seu grande objetivo: o Mundial da IBJJF, que acontece do dia 1º a 4 de junho na Califórnia (EUA).
“Lutar o Brasileiro foi muito bom, pois é o evento número um do Brasil. Foi um aquecimento para o Mundial. Para o Mundial vou chegar com algumas coisas diferentes, pois sei o que tenho que melhorar. Meu próximo objetivo é ele, vou de peso-galo, vou evoluir tecnicamente e focar na preparação psicológica também. O Mundial é o último campeonato do ano e pode ter certeza que vou chegar 1000% melhor do que no Brasileiro. Já achei o caminho e agora é só continuar. Cada luta é uma final, como se fosse a última da minha vida”, afirmou o lutador.
O grande foco de Lucas no Mundial da IBJJF tem uma explicação lógica. Além de ser o maior evento de kimono da arte suave, a competição é a única que o lutador ainda não tem como faixa-preta. Por isso, o atleta adiantou que fez uma preparação completamente diferente, focando além das questões dentro do tatame.
“Ganhei o Mundial, Europeu e o Brasileiro sem quimono, o ADCC Open e esse ano decidi fazer o mesmo com kimono. Creio que estou em um momento bom ainda, depois de oito anos de faixa-preta, agora que me achei, e conheço melhor o meu jogo. Isso fez muita diferença. Comecei a trabalhar o “eu”, deixei meus rivais de lado e foquei em mim, e no que posso melhorar. Esse é meu melhor momento na carreira”, adiantou.
A prova de que Lucas Pinheiro agora está com uma outra mentalidade foi mostrada no Brasileiro e, de quebra, o lutador ainda mandou um recado para seus rivais no Mundial. Nas quartas-de-final, o pupilo de André Galvão ficou em situação delicada contra Bebeto Oliveira, campeão mundial, mas soube manter a calma para sair dela, em um dos grandes momentos do campeonato, e ainda finalizar o confronto na sequência.
“Lutar com o Bebeto de novo foi muito bom. Quando caí no triângulo passou um filme na minha cabeça, me dediquei muito para essa competição. A chave para mim foi ter trabalhado muito meu psicológico para esses momentos ruins. Ainda bem que consegui sair, fui para uma posição boa nas costas e sabia que ia pegar ele, que ia finalizar. O segredo para escapar foi ter calma, saber lidar com a situação. Acreditei em mim o tempo todo”, completou.