Primeiro integrante da família a lutar no Karate Combat, Chinzo Machida esteve em ação na edição 43, realizada no último final de semana, em Las Vegas (EUA). Aos 46 anos e há seis sem lutar profissionalmente, o irmão mais velho de Lyoto enfrentou o igualmente experiente Shannon Hudson, 44, ex-campeão mundial de kickboxing, e o venceu por decisão unânime dos árbitros.
“Foi uma ótima oportunidade para voltar à ativa. Ele (Hudson) é um dos patrocinadores do evento e quis se testar novamente. Então foi uma luta especial dentro do card. No geral, me senti muito bem, os golpes estavam rápidos e fortes. Só cansei um pouco no final do terceiro round, mas nada demais”, avaliou Machida. “Vamos ver se virá alguma outra proposta da organização. Ainda não pensei nada sobre isso também. Mas se for algo interessante e com algum adversário que faça sentido, com certeza vou avaliar”, completou.
Com Lyoto no córner, Machida desenvolveu o estilo calculista de controle de distância e precisão de golpes característico durante os três rounds. A tática serviu de isca e foi suficiente para angariar boas vantagens frente a um adversário que se limitava a avançar para buscar as trocas mais extensas da média para a curta distância.
“Conectei vários golpes bons na linha de cintura e combinações com socos diretos. Percebi que ele sentiu alguns (golpes), mas absorveu bem. Com o passar dos rounds, eu queria aplicar sequências mais longas, mas o piso do ‘pit’ (arena de luta) estava muito escorregadio, o que prejudicou bastante nesse sentido. Como sou bastante ofensivo, precisei mudar um pouco ali minha tática, fintar ainda mais e atuar nos contragolpes. Mas deu tudo certo no final”, afirmou.
Outros dois brasileiros atuaram no card. Gabriel Stankunas perdeu por nocaute técnico para o uzbeque Said Kakhramonov, e Bruno Souza perdeu por decisão unânime para o norte-americano Raymond Daniels.O KC 43 foi encabeçado pela trilogia entre os ex-campeões do UFC Anthony Pettis e Ben Henderson. A vitória ficou com Pettis, também por decisão unânime.