Após pensar em desistir, Patricky Pitbull fala sobre superação e diz que lutar no Japão era o seu sonho

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Potiguar estreia este sábado (12) no GP dos leves do Rizin contra o veterano japonês Tatsuya Kawajiri – Foto: Divulgação Bellator

Patricky Pitbull não sabe o que é perder há quase três anos. Em grande fase na carreira, com cinco vitórias seguidas, ele vinha sendo cotado para disputar o cinturão dos leves do Bellator, hoje nas mãos de seu irmão Patrício Pitbull. Mas uma lesão no punho em sua última luta acabou mudando os seus planos e o da organização. Em meio a sua recuperação, o potiguar foi escalado para representar a organização americana no GP dos leves do Rizin Fighting Federation, que terá início neste sábado (12) na cidade de Osaka, no Japão. Prestes a estrear no torneio, Patricky revelou que estava bastante ansioso, já que lutar no Japão sempre foi um dos seus grandes sonhos no MMA.

“Minha expectativa está muito grande para estrear neste torneio. Antes de chegar aqui no Japão, eu estava muito ansioso. Parecia até que eu estava indo para a minha estreia internacional. Agora estou mais tranquilo (risos). Lutar no Japão era um sonho que eu tinha, e agora este sonho está sendo realizado”, disse Patricky, analisando também as diferenças entre o Rizin e o Bellator. “A única diferença que eu acredito que vá encontrar é o ringue. Acredito que a luta fica um pouco mais solta, não tem aquela coisa de encostar na grade para descansar, de agarrar e ficar ali trabalhando na grade. E as regras também são um pouco diferentes. Vale tiro de meta e pisão, regras antigas que relembram o Pride”.

O oponente de Patricky na rodada inicial do torneio será o veterano Tatsuya Kawajiri, que possuiu 52 lutas na carreira e tem passagens por eventos como Pride e UFC. Por isso, o lutador brasileiro, que fará a sua trigésima luta de MMA, não pretende subestimar o japonês de 41 anos.

“Não tinha melhor escolha do que estrear no GP contra um japonês que tem um nome muito forte no MMA. Uma das minhas vontades para essa estreia no Japão era enfrentar um japonês de nome. Então, acho que a escolha foi perfeita. Ele mostrou na última luta que ainda está vivo e cheio de vontade. Encarou um russo que estava invicto e venceu na decisão unânime. Ele disse que está bastante motivado para encerrar a carreira vencendo o GP, mas eu não vou deixar isso acontecer. Eu vou nocauteá-lo, pode anotar aí. Ele não é um cara versátil. Não é bom na trocação, apesar de ter um cruzado muito perigoso, gosta de derrubar, mas não tem um Jiu-Jitsu muito bom. Mas é claro que eu não posso subestimar um cara com a experiência do Kawajiri”.

Patricky estreia no torneio após seis meses da cirurgia que sofreu no seu punho direito. Depois de pensar em desistir ainda na fase inicial de recuperação, ele encontrou forças para superar as dores e seguir em frente. Ele garante que seu punho está 100% recuperada e que o teste já foi feito na academia.

“No início eu sentia muita dor na mão, e também no corpo. Ficava muito cansado, porque fiquei quase cinco meses parado. Foi muito sofrido e dolorido. As vezes dava vontade de desistir, mas graças a Deus eu consegui superar esse recomeço ruim. Contei com o apoio da minha esposa e do meu fisioterapeuta, as dores foram passando e os pensamentos ruins também. Estou voltando antes até do esperado. O médico queria que eu lutasse apenas entre novembro e dezembro. Eu disse que queria lutar antes e ele ficou um pouco preocupado. Mas, depois de quatro meses da cirurgia, ele me examinou novamente e disse que eu estava pronto, que só dependia de mim. Minha mão hoje está 100%, até nocauteei um na academia. A mão já está testada e aprovada (risos)”, concluiu.