Após três anos sem lutar MMA, Wellington Lopes volta aos cages no Shooto Brasil 97

0
266
Atleta da Rio Fighters venceu Pedro Sousa no sábado (19) e chegou a sua quarta vitória no MMA - Foto: Renato Ávila
Campeão do Strikers e do Skaus Combat, atleta da Rio Fighters luta este sábado (19) no Rio de Janeiro – Foto: Renato Ávila

Para se tornar um lutador profissional de MMA você precisa muito mais do que vontade e aprovação da família. A questão financeira é um dos maiores obstáculos que um atleta enfrenta ao longo da carreira, especialmente quando ainda dá os primeiros passos. Esse foi o caso de Wellington “Neném” Lopes. Uma das promessas do MMA nacional, o jovem de 24 anos ficou três anos sem lutar porque não tinha dinheiro para pagar passagem para ir treinar. Depois de superar parcialmente o problema financeiro, Neném, que mora em Duque de Caxias, voltou aos treinos de MMA na Rio Fighters, localizada no Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro. E o seu retorno aos cages acontece este sábado (19), quando ele enfrenta Pedro Souza pelo Shooto Brasil 97, no Rio de Janeiro.

“Primeiro tive que enfrentar um lesão na mão, e por isso tive que ficar um tempo sem treinar. Mas a questão financeira também me atrapalhou. Eu moro longe da academia, gasto entre 25 e 30 reais por dia só de passagem. E, como não tinha ajuda, tive que dar uma segurada. Então, fiquei um tempo sem conseguir treinar na Rio Fighters. Esse período sem lutar foi bem difícil, porque a gente conta com a grana. Como não tenho patrocínio, continuo dando aulas de Kickboxing. Dessa forma eu vou me mantendo e dando continuidade ao meu sonho. Ainda não consigo viver da lutar, mas vou sobrevivendo. É complicado, mas se a gente mantém o foco e a fé, a gente consegue chegar lá”, disse “Neném”.

Apesar de não lutar MMA há quase três anos, Neném não ficou parado. Irmão do também lutador Wallace “Negão” Lopes, tetracampeão brasileiro, campeão Sul-Americano e Pan-Americano de Kickboxing, “Neném” resolveu seguir os seus passos do irmão mais velho e nesse período faturou os cinturões do Strikers e do Skaus Combat.

“Depois de me recuperar da lesão na mão, como eu não estava conseguindo ir na academia treinar MMA, fiquei treinando Kickboxing, que é a minha paixão. Optei por esse retorno a minha arte de origem por ser mais perto da minha casa. E foi bom, porque peguei experiência e conquistei dois cinturões. Mas estou muito feliz com esse retorno, pois adoro lutar MMA. Tive pouco tempo para treinar para essa luta no Shooto, mas fiz um trabalho muito forte com o Milton Vieira e todos os treinadores da equipe. Sei que será um pouco complicado essa volta, mas é o que eu gosto de fazer. Espero fazer um bom trabalho e dar um grande show no sábado”, concluiu.