Casa das artes marciais no Rio, Arena da Juventude será desativada por falta de recursos

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Casa das artes marciais no Rio de Janeiro, em especial do Jiu-Jitsu, a Arena da Juventude, em Deodoro, Rio de Janeiro, será desativada a partir de março. O principal motivo para a decisão de encerrar as atividades do Complexo Esportivo na área militar é a falta de recursos disponibilizados pelo Ministério do Esporte.

Foto: Ilan Pellenberg

De acordo com informações obtidas pelo SindiLutas, um oficial militar de alta patente, que não quis revelar a sua identidade, afirmou que as competições e outros eventos marcados para o local já estão cancelados a partir o dia primeiro de março.

“Devido a falta de recursos financeiros repassados pelo Ministério do Esporte (ME), o Complexo Esportivo de Deodoro será fechado e todas as atividades esportivas, educacionais e religiosas agendadas a partir do dia 01 de março de 2025 estão canceladas por determinação/ordem do chefe do CCFEx”, relatou.

As principais entedidades do Jiu-Jitsu nacional, como a CBJJ – ligada à IBJJF -, e outras federações locais, como a CBJJD, FJJD-Rio, CBJJO, SJJSAF, FJERJ e organizações ligadas a outras artes marciais foram comunicadas sobre a decisão. A Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, inclusive, tinha agendado para a Arena da Juventude, nos dias 4 e 5 de abril, o Rio Open.

Ao todo, cerca de 41 eventos vão deixar de acontecer no palco dos Jogos Olímpicos até o fim de 2025. Com isso, um total de 81 mil atletas serão diretamente impactados pela decisão do encerramento das atividades da Arena da Juventude. O prejuízo segue com praticamente 10 mil empregos diretos e indiretos sendo extintos.

Presidente do SindiLutas, o professor Fabrício Xavier criticou a decisão de encerrar as atividades no Complexo de Deodoro e projetou como isso afetará a falta para as artes marciais no Rio de Janeiro: “É inconcebível que um espaço que faz parte do legado olímpico e que serve como um verdadeiro templo para o desenvolvimento do esporte, encerre suas operações. A Arena da Juventude abriga as competições de diversas federações e confederações de artes marciais, sendo um lugar crucial, não apenas para atletas, mas para os treinadores”, disse o professor, que seguiu:

“Além de jovens talentos, que disponibilizam de pouquíssimos lugares para promoverem suas competições, e agora, o que já era bem difícil, ficará ainda pior”, encerrou o presidente do SindiLutas.

O Ministério dos Esportes, sob o comando de André Fufuca, ainda não se manifestou de forma oficial sobre o assunto.