Cigano, Werdum e Barão, três ex-campeões do UFC, comemoram retorno no GFL

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O anúncio oficial da Global Fight League (GFL), nova liga de MMA com 15 eventos planejados para 2025 e mais de 50 lutadores já contratados (incluindo 8 ex-campeões do UFC), movimentou o mundo do MMA. O PVT conversou com três ex-campeões — Junior Cigano, Renan Barão e Fabricio Werdum —, que confirmaram sua participação e compartilharam a empolgação com a nova liga.

Renan Barão, primeiro brasileiro campeão do peso-galo e atualmente com 37 anos, deixou o UFC em novembro de 2019, após uma sequência de 7 derrotas em 8 lutas. Em 2023, Barão aceitou um convite para lutar em um evento no Kuwait, onde perdeu por decisão para Walter Zamorano. Desde então, não lutou mais.

“Estava apenas treinando Jiu-Jitsu quando recebi uma ligação do meu empresário. Aceitei na hora. Gostei do sistema e será um prazer defender o Brasil no MMA. A proposta foi boa, na verdade poderia ser melhor, mas de qualquer forma me motivou a voltar à rotina de treinos de MMA. Tenho altas expectativas de lutar duas vezes por ano na divisão peso-pena e me apresentar da melhor forma possível”, disse Barão ao PVT.

Fabricio Werdum, atualmente com 47 anos, foi o primeiro a falar publicamente sobre a nova organização em entrevista exclusiva ao PVT, em novembro. Werdum revelou que já sabe o nome de seu oponente, que também é um ex-campeão do UFC conhecido por seu alto nível no jogo de chão.

“Adorei a ideia do novo evento e, acima de tudo, a proposta foi muito boa, incluindo um adiantamento que me permitirá pausar meus podcasts e palestras para focar 100% nos treinos. Como a luta será em abril, já estou começando a treinar de forma leve e estruturando meu camp, que provavelmente será com André Dida e Wanderlei em Curitiba. Nas semanas finais, traremos o mestre Rafael Cordeiro”, disse Werdum, que teve sua última luta no Gamebred contra Junior Cigano: “O mundo definitivamente está mudando. Quem diria que, de rivais, nos tornaríamos amigos e parceiros de treino, representando o Brasil juntos no GFL. Será ótimo estar ao lado do Cigano representando o Brasil”.

Atual campeão peso-pesado do Gamebred, vindo de vitórias sobre Fabricio Werdum e Allan Belcher, Junior Cigano revelou ao PVT que já estava mantendo a forma de olho em sua próxima defesa de cinturão e que o novo evento o motivou ainda mais.

“Acho que o GFL está chegando para impactar o mundo do MMA. Adorei essa ideia de equipes e farei tudo ao meu alcance para que o projeto seja bem-sucedido. Mal posso esperar para descobrir quem será meu primeiro oponente. Não tenho dúvida de que o GFL está vindo para revolucionar, e para mim será uma honra fazer parte de tudo isso. Estou muito empolgado”, disse Cigano.

Conforme relatado pelo PVT na semana passada, a nova liga de MMA pretende trazer de volta a estrutura de competição por equipes ao esporte, e 50 lutadores já assinaram para competir na primeira temporada em 2025. Além de Cigano, Werdum e Barão, a lista inclui diversas outras lendas do esporte, com passagens não apenas pelo UFC, mas por todas as principais organizações da história do MMA, como Pride, Strikeforce, Bellator, PFL e World Series of Fighting. Alguns dos nomes confirmados são: Tyron Woodley, Anthony Pettis, Benson Henderson, Luke Rockhold, Andrei Arlovski, Wanderlei Silva, Gegard Mousasi, Hector Lombard, Rafael Carvalho, Will Brooks, Marlon Moraes, Rousimar Toquinho, Lance Palmer, Emiliano Sordi, Philipe Lins, Alexander Gustafsson, Thiago Marreta, Kevin Lee, Ilir Latifi, Jeremy Stephens, Aleksey Oleynik, Abubakar Nurmagomedov, Lucas Mineiro, Robelis Despaigne, Charles Rosa, Alan Belcher, Francisco Massaranduba, Greg Hardy, Markus Maluko, Phil Hawes, Jimmie Rivera, Tanner Boser, John Makdessi e Yan Cabral.

A Global Fight League pretende realizar seu primeiro evento em abril de 2025, conforme anunciado por seu fundador, Darren Owen, no podcast The Ariel Helwani Show, na última quarta-feira. O cronograma da primeira temporada inclui 15 eventos entre abril e setembro, além de três eventos de playoffs entre setembro e novembro, quando ocorrerão as finais. Segundo o anúncio, um grupo de 300 lutadores estará disponível para um draft, semelhante ao sistema de esportes por equipes nos Estados Unidos, em que seis equipes selecionarão 20 lutadores cada para suas formações. Cada equipe terá dois lutadores para cada uma das 10 categorias de peso, incluindo três divisões femininas (peso-palha, peso-mosca e peso-galo) e sete masculinas (peso-galo, peso-pena, peso-leve, peso-meio-médio, peso-médio, peso-meio-pesado e peso-pesado).

A nova liga também promete uma divisão igualitária de 50% de sua receita para os atletas, além de um fundo de aposentadoria e uma estrutura de pagamento por bolsas, sem bônus por vitória, mas com garantia de aumento na luta seguinte em caso de vitória.