O UFC completou 30 anos no último domingo (12/11). Criado por brasileiros da família Gracie para provar a eficiência do jiu-jítsu sobre as outras artes marciais, a companhia se transformou no maior evento de MMA do mundo, mudou a vida de inúmeras pessoas e hoje está avaliada em mais de 12 bilhões de dólares.
Ao longo dessas três décadas, muitos lutadores passaram por aquele octógono. Um deles é Cristiano Marcello, que, curiosamente, é faixa-preta de um membro da família Gracie, Royler. Cristiano Marcello, além de ter lutado no evento, entre 2012 e 2014, quando pendurou as luvas, hoje sobe ao palco como treinador.
“O UFC é um marco”, enfatiza. “É você chegar na Copa do Mundo do MMA. Com certeza marcou muito a minha carreira. Me engrandece como lutador estar nesse grupo seleto dos melhores do mundo. É o que todo atleta de artes marciais que luta quer estar. Então eu fico muito honrado de ter feito parte disso.”
Cristiano Marcello participou da 15ª edição do TUF, o reality show oficial do UFC e que teve um papel fundamental na popularização e virada do esporte nos EUA. Já contratado, fez quatro lutas, incluindo uma inesquecível batalha de três rounds contra o iraniano Reza Madadi por decisão dividida no Rio de Janeiro.
“Quando você entra em ação pelo teu país representando a seleção brasileira de lutadores é o momento mais importante do mundo do atleta. A contra o Reza Madadi me marcou muito. Hoje ele é meu amigo, mas naquela ocasião existia uma animosidade. Foi o momento mais sinistro da minha carreira no octógono.”, lembra.
Hoje líder da CMSystem, Cristiano Marcello segue tendo o octógono como um dos palcos de seu trabalho, agora como treinador, transmitindo seu conhecimento para seus atletas, entre eles Elizeu Capoeira, que já fez 14 lutas no UFC, e Vitor Petrino, que chegou há pouco, mas já atraiu os holofotes com três vitórias contundentes.
“Eu falo para eles se divertirem, deixarem fluir, aproveitarem o processo, que passa rápido e tem que aproveitar cada momento ali dentro. Tem que ser um momento muito feliz. Tem que estar leve. Hoje eu olho para trás e fico muito feliz com tudo que eu fiz ali dentro e com o que faço hoje como treinador”, disse Cristiano Marcello.