Aos 33 anos, Leandro Buscapé tem em seu currículo passagens pelo UFC, pelo evento russo ACB e pelo Pancrase, um dos eventos de MMA mais tradicionais do Japão. Entre altos e baixos, ele acabou deixando essas organizações, mas aos poucos estava retomando a boa fase na carreira. Depois de engatar duas vitórias seguidas, uma no K1L na India e outra pelo Titan FC nos Estados Unidos, ele acabou sofrendo um revés por decisão dos juízes no Pro FC, evento que aconteceu em maio na Rússia. Mas neste sábado (9), quando fará a sua estreia no Oktagon MMA, o paulista terá a chance de retomar o caminho das vitórias. Buscapé terá pela frente o polonês Robert Bryczek, que vem de sete vitórias seguidas.
“Meu oponente é um grande atleta, vem de uma sequência de bons resultados e sei que irá me colocar em situação de risco na luta. Mas eu adoro desafios. Meus treinos aqui na ATT são ótimos. Treino com grandes lutadores que estão nos melhores eventos no mundo. Aqui tenho um termômetro real do que posso render nas lutas e o que preciso melhorar. Estou confiante em retomar o caminho das vitórias. Vou dar o meu máximo para vencer e quebrar essa boa fase do meu adversário”, disse Buscapé.
Com um cartel de 23 vitórias e oito derrotas, além um empate e um no contest (luta sem resultado), Buscapé acredita que hoje é um lutador muito mais experiente do que aquele que passou pelo UFC entre 2013 e 2016. Ele acha que tudo aconteceu muito rápido na sua vida e confessa que faltou um pouco mais de estrutura no lado psicológico para que tivesse uma vida mais longa no UFC.
“Comecei tarde no esporte. Estava com com 20 anos quando parei com o futebol e comecei na luta. Hoje, mais maduro e experiente, eu vejo que as coisas aconteceram de forma muito rápida. Em 6 anos eu estava no TUF Brasil, onde passei nos testes iniciais mas não entrei na casa. Acabei sendo chamado direto para o UFC em 2013. Fiz uma luta, perdi e acabei deixando a organização. Mas não me abati. Venci cinco lutas seguidas, uma delas pelo Pancrase, e acabei sendo chamado de volta em 2014. Peguei a luta contra o Francisco Massaranduba faltando apenas 20 dias. E tinha apenas um mês que eu tinha feito uma luta de MMA. Em resumo, eu não estava pronto nessa época. Não tinha estrutura psicológica e ainda tinha muito a evoluir tecnicamente”, confessou.
Buscapé está encarando a luta no Okatgon MMA como um recomeço. Ele garante que ainda tem lenha para queimar e acredita que uma vitória no sábado poderá provar que ele ainda pertence aos grandes palcos do MMA.
“Hoje sou muito mais experiente como atleta e como pessoa. Eu realmente acredito que tenho garrafas para vender. Sou um atleta melhor e sei que posso me tornar um dos melhores lutadores em qualquer organização do mundo, seja o UFC ou em outro grande evento como o Oktagon MMA’, finalizou.