Escola pública do Rio de Janeiro investe nas artes marciais para incentivar alunos

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Alunos e docentes abraçaram o projeto - Foto: Divulgação
Alunos e docentes abraçaram o projeto – Foto: Divulgação

O Colégio Estadual Dom Hélder Câmara, localizado no bairro Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio, implementou o Jiu-Jitsu e o Sambo como disciplinas de sua grade extracurricular. A responsável pela iniciativa foi a diretora da escola, Eliane Maria da Silva Bastos, que, com o apoio da Secretaria de Estado de Educação, convidou o ex-aluno e faixa-preta Caio Cordeiro para liderar o projeto.

“Encontrei com a professora Eliane, que foi minha diretora quando eu era aluno e por quem tenho muito carinho, e ela me fez o convite para iniciarmos esse projeto. Foi a maior honra, na mesma hora eu aceitei. Fui com unhas e dentes, porque eu já tinha essa relação afetiva com a escola”, disse Cordeiro, que atualmente é graduando em Educação Física. “Os resultados são os melhores possíveis para os atletas e os não atletas. Além de conquistar 23 medalhas em cinco eventos diferentes, também ajudamos quem estava com depressão e baixa autoestima, visando saúde e bem-estar.”

Na última semana, a oficina recebeu o apoio e a doação de kimonos e placas de tatame por parte da parceria entre Legião da Boa Vontade, Super Rádio Brasil, Prime Esportes e Boomboxe, que também vai colaborar com inscrições em campeonatos e visitas a outros dojos, como o da sede do Corpo de Bombeiros. Atualmente a equipe contam com um total de 47 atletas, entre alunos, ex-alunos e moradores do entorno. De acordo com a diretora do colégio, o objetivo é abrir ainda mais vagas.

“A intenção é aumentar o número de participantes. A escola vem fazendo um trabalho de divulgação da oficina buscando resgatar alunos infrequentes. Houve incentivo a partir da doação de quimonos também. Vale lembrar que a unidade também está recebendo doação de tatame para completar o material existente e proteger a área onde ocorrem os treinos”, explicou Eliane. “Esse é um trabalho que tem atraído o interesse não só dos alunos, mas de ex-alunos da escola, que participaram do programa no ano passado, e também da comunidade do entorno. Já estamos vendo os bons frutos. Afinal, nossos atletas já conquistaram 23 medalhas entre ouro, prata e bronze.”

Diretora dos colégios estaduais da região, Elizângela de Lima Silva declarou total apoio à iniciativa, incentivou a unidade a documentar e divulgar a oficina a fim de que aumente a participação de alunos e docentes, e abriu a possibilidade de expandir o projeto para outras escolas.

“Para isso, precisamos de parcerias e voluntários”, frisou. “Acreditamos em iniciativas que criam a relação de pertencimento do aluno e nas relações de troca e de convivência. Os alunos aprendem muito mais do que lutar. Eles aprendem a trabalhar em equipe, a socializar, estabelecer laços de amizade que podem perdurar. Aprendem a disciplina e regras de boa convivência.”