Casa cheia, ou melhor, Palácio lotado para celebrar a inclusão das Artes Marciais nas escolas municipais do Rio Janeiro, na última segunda-feira. O Palácio da Cidade recebeu representantes do jiu-jitsu, muay thai, boxe, judô e capoeira, atividades que passam a ser implementadas gratuitamente aos sábados nas unidades de ensino.
“O jovem estudante com mais uma ferramenta de foco e disciplina, como são os esportes de combate, cresce muito mais bem preparado para os desafios diários na vida adulta “, enfatizou Rodrigo Minotauro discursando em meio à solenidade oficial.
Responsável pelo projeto Escola de Lutas, o vereador e faixa-preta de jiu-jitsu Marcelo Arar está tão otimista que prevê: “Entre o Carnaval e final de 2020 eu vejo crianças e adolescentes migrando do ensino particular para ter acesso a essa revolução que é a educação aliada às Artes Marciais”.
Não é para menos, em um ano, mil escolas serão beneficiadas com a iniciativa, o que significa 100 mil jovens contemplados com o projeto. “
Sempre estive envolvida com projetos sociais e aulas de jiu-jitsu, e mais do que nunca entendo o impacto positivo que a prática das Artes Marciais causa nos jovens, tornando-os saudáveis, motivados, longe da ociosidade e até mesmo alunos melhores dentro da escola”, explicou a pentacampeã mundial de jiu-jitsu Kyra Gracie.
Mestre Camisa, a maior referência mundial na capoeira, reforçou o coro e disse que “independentemente da modalidade, o jovem passa a conhecer bem mais de si mesmo e impor limites muito mais audaciosos”.
O projeto Escola de Lutas ainda oferece uma refeição pré-treino, e o almoço, em seguida a aula marcial todo sábado. Os amantes das lutas vibraram com o pontapé inicial de uma idealização de anos e que, certamente, vai se tornar uma tendência nacional, com potencial para ter mais aulas ainda em outros dias da semana.