Conforme anunciado pelo PVT em primeira mão em agosto de 2023, os antes rivais Renzo Gracie e Hugo Duarte uniram forças e se tornaram parceiros em um projeto no Texas, EUA. “Definitivamente, o mundo dá voltas. Depois de anos de guerra, descobri que um dos meus maiores rivais é uma pessoa única e se tornou um grande amigo e parceiro de negócios”, declarou Duarte ao PVT na época, apoiado por Renzo. “Aqueles tempos loucos foram muito importantes para forjar quem somos hoje. Um homem é definido pelo inimigo que tem, e eu tive a honra e a glória de ter Hugo como inimigo, porque isso me motivou a ser mais forte. Um ano depois de ele vir para os EUA, tenho o orgulho de anunciar a primeira competição em que Luta Livre e Jiu-Jitsu estarão juntas”, afirmou Gracie ao PVT, ao anunciar o 1º Renzo Gracie Invitational, que também terá chancela da Federação de Luta Livre dos EUA, liderada por Duarte.
De acordo com Hugo e Renzo, o evento contará com competições com e sem quimono e será realizado no dia 5 de abril na Arena NRG Park. “Pagaremos dois mil dólares para o vencedor da divisão Absoluto sem quimono”, revelou Renzo. Segundo os organizadores, as regras da competição sem quimono serão semelhantes às regras do ADCC, enquanto as disputas com quimono seguirão as regras oficiais da IBJJF. Para mais informações, visite usalutalivre.com/tournaments.
“Lutamos com honra, sempre um a um”
Para aqueles que não estão familiarizados com os episódios mais marcantes da rivalidade entre o jiu-jitsu e a Luta-Livre nas ruas do Rio de Janeiro nas décadas de 1980 e 1990, três capítulos são sempre lembrados como os mais violentos e tensos: a luta entre o líder da Luta-Livre, Hugo Duarte, e Rickson Gracie na Praia do Pepê em 1988; a invasão da Academia Gracie por quase 100 alunos da Luta-Livre liderados por Duarte uma semana depois; e o tumulto histórico no Pentagon Combat em 1997, durante o evento principal entre Renzo Gracie e Eugênio Tadeu, que levou à proibição do vale-tudo por quase seis anos.
Em todos esses episódios, Renzo Gracie e Hugo Duarte foram dois dos líderes mais importantes de ambos os lados. Apesar de duas décadas de confrontos e hostilidade, os dois sempre se respeitaram. “Lutamos com honra, sempre um a um, e o vencedor sempre foi claro e reconhecido por ambos os lados. Nos odiávamos, mas nos respeitávamos como guerreiros, sem nunca haver episódios de covardia. E isso faz parte do passado. A melhor maneira de encerrar essa história é trazendo essas duas artes maravilhosas de grappling para a capital mundial do grappling hoje, o Texas, nessa competição histórica”, concluiu Hugo.
