Formado em Sistemas e adepto de ‘dieta viking’, lutador ‘geek’ representa o Brasil na Coréia do Sul

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Catarinense está escalado para enfrentar Sang Soo Lee no evento Angel's Fighting 10 - Foto: Focados no Tatame
Catarinense está escalado para enfrentar Sang Soo Lee no evento Angel’s Fighting 10 – Foto: Focados no Tatame

Lutador geek (fã de tecnologia): é assim que se intitula o peso pesado catarinense Giácomo Lemos, conhecido como “Viking”. Formado em Sistemas, o faixa-preta de Judô possui menos de três anos como profissional de MMA, mas já fez o suficiente para ser convidado a representar o Brasil do outro lado do mundo. Na próxima segunda-feira ele enfrenta o anfitrião Sang Soo Lee em Seoul, na Coreia do Sul, pelo Angel’s Fighting 10.

“Sempre fui judoca, mas aos 4 anos já lutava ‘vale-tudo’ onde meu pai dava aula, e assim fui me criando. Aos 16 migrei para o Jiu-Jitsu, fui campeão sul-americano pela IBJJF e, ao meio disso tudo, fiz faculdade de Sistemas e trabalhei por oito anos com Tecnologia da Informação, programação e análises de sistemas, profissão esta que exerço até hoje com o meu aplicativo (floripaqv.com) e meu canal no Youtube”, explica o peso pesado da Rangel Farias Team.

Apesar das raízes judocas – seu pai foi treinador da seleção brasileira de Judô e sua mãe foi 23 vezes campeã brasileira da modalidade -, Giácomo Lemos, dentro do cage, se mostra um perigoso nocauteador. Das quatro vitórias em quatro lutas como profissional, em três ele mandou o oponente para a lona – e um foi finalizado. Contra o coreano, oriundo do Sambo, a expectativa é de mais um nocaute.

“Minhas lutas falam por si só. Tenho um gás interminável e sou muito coração. Nenhuma luta minha foi ainda para a decisão e tenho mais nocautes que finalização, apesar de vir do Judô. Isso porque transito por todos os setores. Quando não dá em pé, eu boto para baixo, mas venho decidindo em pé mesmo. Meu adversário é bastante experiente, já teve muito cara duro na frente e com certeza terá mais um. Ele tem um jogo de Sambo muito bom, mas confio muito no meu Judô para anulá-lo. No que ele é bom, eu sou ainda melhor, mas estou muito confiante na minha trocação. Se precisar ir para o chão, sem problema também, pois já fui campeão sul-americano de Jiu-Jitsu”, destaca.

Além do coreano, o brasileiro tem outros fatores como adversários, como por exemplo a longa viagem até a Ásia de classe econômica medindo mais de 1,90m e pesando cerca de 20kg, e a mudança dos 35 graus de Florianópolis para os 10 graus negativos de Seoul. Mas nada disso o intimida, garante.

“Minha cabeça está boa, estou indo para lutar como um viking, atropelando todas as adversidades”, avisa o “Viking”, apelido que ganhou devido a uma dieta curiosa. “Minha dieta é característica, talvez por ela e por usar barba, me apelidaram de viking. Costumo comer carnes gordas e os ossos, mastigando-os, que é uma forma de treinar a mandíbula para aguentar golpes duros dos outros pesos pesados.”