Atualmente com 31 anos, Luiz Eduardo Garagorri chegou ao Ultimate com boas credenciais, invicto no MMA e, logo na estreia, em agosto do ano passado, saiu vencedor ao derrotar Humberto Bandenay por decisão unânime. Em sua última apresentação, no mês de novembro, entretanto, veio a primeira derrota na carreira, para Ricardo Carcacinha, sendo finalizado ainda no primeiro round. Agora, praticamente 10 meses depois de sua luta mais recente, Garagorri vai retornar ao octógono da organização no próximo dia 17 de setembro, em duelo contra Mirsad Bektic no UFC Fight Night 178, em Las Vegas (EUA)
“Eu gosto de dizer que sou o primeiro uruguaio e o quinto gaúcho a assinar com o UFC. Eu sou brasileiro também, possuo dupla nacionalidade. Isso é muito comum na minha cidade (é natural da cidade de Livramento, vizinha à uruguaia Rivera), porque nasci na fronteira, então não tenho como escolher um país em relação ao outro, represento ambos, sou metade uruguaio e metade brasileiro. Eu sou advogado, minha mãe também é advogada, mas atualmente não exerço a profissão. Desde pequeno, sempre quis tentar a sorte no mundo da luta, porque meu pai também lutava e esse era um sonho meu e dele. Ele que foi meu principal incentivador para isso”, disse o casca-grossa.
Torcedor do Grêmio e formado em Direito, mesma profissão de sua mãe, Eduardo Garagorri aproveitou para falar de outro assunto bem comum entre os lutadores: a falta de patrocínio e apoio financeiro para se manter no esporte. Com um cartel de 13 vitórias e somente um revés no MMA profissional, o atleta surpreendeu ao afirmar que, mesmo lutando pelo UFC atualmente, a situação segue a mesma.
“Até hoje, mesmo lutando pelo UFC, não possuo nenhum patrocinador. Achei que ia mudar o cenário após entrar no UFC, mas segue a mesma coisa. Antigamente, no começo da minha carreira, antes de chegar ao UFC, se não fosse meu pai, não poderia seguir treinando. Ele que me ajudou, e eu sempre treinava e dava aulas também”, ressaltou.
Confira a entrevista na íntegra com Luiz Eduardo Garagorri:
– Expectativa para duelo contra Mirsad Bektic
Para essa luta, eu me mudei para Curitiba, vim treinar na equipe Evolução Thai, do mestre André Dida e tem sido um período de ótimos treinamentos. O (Mirsad) Bektic é um excelente lutador, bom de Boxe e bom de Wrestling, mas eu considero que essa luta é uma ótima oportunidade para eu subir no ranking peso-pena, pois ele é um atleta Top 15. Eu vou procurar manter a luta em pé, como sempre, e fazer uma luta empolgante. O plano já está feito junto com minha equipe, agora é executar.
– Derrota para Ricardo Carcacinha na última luta
Naquela luta (contra o Ricardo Carcacinha), pouca gente sabe, mas eu não estava na minha melhor forma, lutei doente. Mas isso não é desculpa, o mérito foi dele, e no esporte de alto rendimento, só não perde quem não luta. Tirei muitas lições daquela luta, e são nas derrotas que a gente mais aprende. Procurei corrigir meus pontos fracos e agora é colocar em prática nessa luta contra o Bektic.
– Como avalia sua passagem pelo UFC até o momento?
Minha passagem no UFC está apenas no começo. Sempre treinei praticamente sozinho na minha cidade e agora que estou numa equipe de alto nível, meu desempenho só tem a melhorar. E também acredito que o UFC gosta do meu estilo de luta, pois apenas com duas lutas, já renovei o contrato com a organização. Vamos seguir trabalhando diariamente, ir em busca de mais vitórias, a trajetória só está começando.
– Uruguaio com raízes brasileiras e formação em Direito
Eu gosto de dizer que sou o primeiro uruguaio e o quinto gaúcho a assinar com o UFC. Eu sou brasileiro também, possuo dupla nacionalidade. Isso é muito comum na minha cidade (é natural da cidade de Livramento, vizinha à uruguaia Rivera), porque nasci na fronteira, então não tenho como escolher um país em relação ao outro, represento ambos, sou metade uruguaio e metade brasileiro. Eu sou advogado, minha mãe também é advogada, mas atualmente não exerço a profissão. Desde pequeno, sempre quis tentar a sorte no mundo da luta, porque meu pai também lutava e esse era um sonho meu e dele. Ele que foi meu principal incentivador para isso.
– Falta de patrocínio
Até hoje, mesmo lutando pelo UFC, não possuo nenhum patrocinador. Achei que ia mudar o cenário após entrar no UFC, mas segue a mesma coisa. Antigamente, no começo da minha carreira, antes de chegar ao UFC, se não fosse meu pai, não poderia seguir treinando. Ele que me ajudou, e eu sempre treinava e dava aulas também. Lutei de graça várias vezes, sem ganhar nada, ainda pagando para ir lutar, porque ainda tinha a questão da viagem, né? Eu tinha que fazer lutas para aparecer. Eu lutava e luto por amor ao esporte.