Lavador de carros e lutador de MMA, Lucas Almeida vibra com a conquista do cinturão do Jungle Fight

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Invicto no MMA, sorocabano fatura cinturão do Jungle Fight e sonha em chegar ao UFC - Foto: Leonardo Fabri
Invicto no MMA, sorocabano fatura cinturão do Jungle Fight e sonha em chegar ao UFC – Foto: Leonardo Fabri

Um desfecho cinematográfico. Assim pode ser descrito a espetacular joelhada voadora aplicada por Lucas Almeida na luta principal do Jungle Fight no DAZN 99, que aconteceu no último sábado (30) no Rio de Janeiro. O nocaute conquistado no terceiro round contra o argentino Nicolas Cocuccio rendeu ao sorocabano o cinturão dos leves do maior evento de MMA da América Latina. Mesmo sem lutar há um ano, o atleta de 28 anos não sentiu o tempo parado e chegou a sua décima primeira vitória na carreira, e nenhuma delas precisou parar nas mãos dos juízes laterais.

“Fiquei um ano sem lutar porque tive alguns problemas com empresários e também problemas pessoais. Mas eu estava treinando, só aguardando uma chance. Na hora que apareceu essa oportunidade de lutar pelo cinturão do Jungle Fight, eu abracei na hora. Antes dessa luta, apareceram outras propostas, mas eu não aceitei nenhuma. Eu estava esperando uma oportunidade grande, porque o meu cartel era muito bom. Meu cartel não foi construído com lutas fáceis. Lutei contra os caras mais duros da divisão no Brasil e venci por nocaute ou finalização”, declarou Lucas.

Desde que estreou no MMA Lucas é apontado como uma das grandes promessas brasileiras no esporte. Mesmo vencendo seus oponentes de forma avassaladora e com um expressivo cartel, o atleta da Herman Gutierrez Team ainda não consegue viver só do MMA. Além de dar aulas de Muay Thai, modalidade onde conquistou mais de 60 vitórias, ele também trabalha como lavador de carros no lava-rápido da família.

“Minha vida sempre foi pautada pela superação. Sempre fui pobre, comecei a trabalhar com 11 anos. Minha família tem um lava-rápido aqui em Sorocaba e até hoje eu trabalho com eles. Dou aulas de Muay Thai também. Estou esperando uma grande oportunidade para poder mudar de vida e assim me profissionalizar mais. Treino duas vezes por dia, mas acabo nem descansando por conta do trabalho. Minha vida sempre foi uma guerra, mas isso só me motivou a chegar até aqui, e vejo que cada vez mais estou chegando perto do meu objetivo”, disse o casca-grossa.

Lucas não vê a hora de viver só do MMA. Ele confessa que antes mesmo desta luta no Jungle Fight estava na expectativa de ser chamado para lutar em um evento internacional. Agora, com o cinturão do evento, ele está esperançoso de que irá realizar o seu sonho de assinar um contrato com o UFC.

“Desde a minha última luta eu já me sentia pronto para lutar no UFC. Esse foi um dos motivos também de ficar um ano sem lutar, pois eu estava esperando ter uma chance no UFC. Acho que nesse período que fiquei sem lutar eu só me fortaleci, fiquei mentalmente mais forte e também evoluí muito tecnicamente. Tenho certeza que se eu chegar ao UFC vou manter o mesmo nível que apresento aqui no Brasil. Meu estilo é partir para dentro para definir a luta. Tenho certeza que o UFC vai gostar do meu estilo. Eles gostam de show e eu entro para dar show nas minhas lutas. Não vou para amarrar, eu entro para resolver a luta”, concluiu.