O ex-lutador de MMA Geronimo “Mondragon” dos Santos morreu afogado na manhã de sábado após mergulhar no Rio Negro, no município de São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas.
A informação sobre o desaparecimento foi divulgada inicialmente nas redes sociais do próprio atleta por seu irmão, Feliciano Borges Neto. Segundo o relato, Mondragon estava na praia com sua namorada. Depois de tirar fotos, ele decidiu dar um último mergulho antes de voltar para casa, por volta das 10h. De acordo com Neto, Mondragon pediu à namorada que buscasse seus pertences enquanto ele entrava no rio. Logo em seguida, ele mergulhou em um trecho com um buraco profundo e foi arrastado pela correnteza.
Segundo seu irmão, Mondragon não sabia nadar. Percebendo a demora, sua namorada olhou para trás e viu o lutador se debatendo na água e pedindo socorro. Um grupo em um barco próximo tentou se aproximar, mas quando ele parecia estar perto de ser alcançado, afundou e não voltou à superfície. As circunstâncias relatadas indicam que o local apresenta características perigosas, como um declive acentuado no fundo do rio. Horas após o incidente, a Prefeitura de São Gabriel da Cachoeira confirmou oficialmente o desaparecimento.
Equipes de resgate foram acionadas e iniciaram as buscas na tarde de sábado. Após quase 48 horas, o corpo de Gerônimo Mondragon foi localizado na manhã de segunda-feira. Ele foi encontrado a alguns quilômetros do local do afogamento, preso entre arbustos e pedras, após ser arrastado pela correnteza.
Com 120 kg, “Mondragon” (44-26-1) disputou 71 lutas de MMA em seus 18 anos de carreira. Ele enfrentou muitos nomes renomados do esporte, como Junior Cigano, Josh Barnett, Sergei Kharitonov, “Zuluzinho”, Vitaly Minakov e Assuerio Silva. O peso-pesado brasileiro assinou contrato com o UFC em 2012, mas sua estreia foi cancelada após exames revelarem hepatite B. Anos depois, ele foi liberado do contrato e continuou competindo em eventos nacionais. Em abril, o lutador fez sua última luta, nocauteando o veterano do UFC Alexey Oleynik em uma luta de boxe sem luvas no primeiro round. Após se aposentar, assumiu o cargo de subsecretário de segurança pública da cidade de São Gabriel da Cachoeira, município que está localizado a 852 quilômetros de Manaus, próximo à fronteira brasileira com a Colômbia e a Venezuela. São Gabriel é conhecido por possuir uma das maiores reservas de nióbio do mundo (5,5 bilhões de toneladas) e por sua grande população indígena; nove em cada dez habitantes são de origem indígena.
Tiago Pereira aumentou sua coleção de cinturão - Foto: Leandro Bernardes/Pximages
O Jungle Fight 143 encerrou a temporada de 2025 do maior evento de MMA da América Latina, neste sábado (13), na cidade de São Paulo. Os destaques foram os campeões Tiago Pereira e Wagner Reis, que defenderam com autoridade e sucesso os cinturões dos pesos-galos (61 kg) e moscas (57 kg).
Tiago Pereira finaliza rápido
Tiago Pereira aumentou sua coleção de cinturão – Foto: Leandro Bernardes/Pximages
Na luta principal, o maranhense radicado no Rio de Janeiro Tiago Pereira não deu qualquer chance para Davi Almeida.
Em apenas 1 minuto e 20 segundos de combate, o campeão agrediu, derrubou, pegou as costas e encaixou um mata-leão inapelável no desafiante, que não pôde fazer nada além de dar os três tapinhas.
Foi a terceira defesa de cinturão de Tiago Pereira, que agora ostenta um cartel perfeito de 10 vitórias – 70% delas por via rápida – em 10 lutas.
“Eu sou o lutador mais bem pago do Brasil! O Wallid prometeu que eu ia ser e ele cumpriu a palavra. Hoje eu não preciso sair do Brasil para lutar. E vou terminar o ano com meu bolso cheio de dinheiro junto com a minha família. Hoje eu não preciso mais ter um trabalho paralelo, não preciso mais dar aula, posso me dedicar apenas a ser um atleta cada vez melhor”, discursou Tiago Pereira.
Wagner Reis domina
Wagner Reis manteve o cinturão dos moscas – Foto: Wanderson Oliveira/Pximages
O mineiro Wagner Reis também ditou o ritmo de sua disputa, mas o desafiante João The Future resistiu. Foram três rounds de combate, com o campeão conectando as melhores combinações e os golpes mais contundentes.
O baiano João The Future não se abateu, respondeu em alguns momentos, mas não o suficiente para destronar o campeão, que teve o braço levantado por decisão unânime.
Esta foi a primeira defesa de cinturão de Wagner Reis em seu segundo reinado. Seu cartel agora é de 10 vitórias – 80% por via rápida – em 14 lutas.
“É sempre uma honra pisar neste palco, levando o sustento para a minha família. É preciso exaltar que hoje é possível os lutadores ganharem dinheiro aqui no Brasil, fazer acontecer aqui na nossa casa”, enalteceu Wagner Reis.
Fight do Milhão conhece mais um candidato e lutadoras fazem guerra sangrenta
Com um nocaute impositivo no primeiro round sobre o xará Guilherme Trindade, o gaúcho Guilherme Silva conquistou uma vaga no GP dos meio-médios da próxima temporada do Fight do Milhão. Ele se junta a Ernane Pimenta, que também garantiu a vaga após um nocaute no Jungle Fight 142, em novembro.
Com alternância de ataques, Nathalia Pletz e Kristiany Carvalho fizeram uma das melhores lutas do ano, travada quase que totalmente em pé. Ambas chegaram próximas de conseguir definir com nocaute, mas também foram resistentes para não cair. No final, a batalha de três rounds foi definida pelos jurados, que viram vitória de Nathalia Pietz.
Outra luta promovida por esta edição foi a batalha contra a fome. Em parceria com a Legião da Boa Vontade, que se iniciou na última edição do Rio de Janeiro, foram arrecadados mais de 3 toneladas de alimentos não perecíveis, que serão destinados à mesas de famílias em situação de vulnerabilidade social de todo o Brasil através da campanha de Natal permanente da LBV. Ainda é possível doar através do link https://lbv.org/doar/.
O Jungle Fight retorna para a sua 144ª edição no dia 17 de janeiro, no Rio de Janeiro, abrindo a temporada de 2026.
Wallid Ismail exaltou o trabalho desenvolvido em 2025, com a realização de 10 eventos e mais de 250 oportunidades diretas geradas nos cards, além de outros tantos aspirantes que se testaram nas Eliminatórias Jungle.
“O trabalho conjunto entre Jungle Fight e Globo em 2025 ampliou ainda mais o alcance do evento, abriu novas portas e mostrou que nossos guerreiros não precisam mais sair do Brasil para serem valorizados, como idealizou o Amauri Soares. Isso já era um sonho meu e o Amauri liderou essa iniciativa. Com o apoio da Globo, de empresas públicas e privadas, os lutadores hoje têm condições reais de ganhar dinheiro atuando no Brasil. Nosso país reúne alguns dos melhores lutadores do mundo, recebendo remunerações que nunca haviam sido vistas na história do esporte nacional. Isso representa uma mudança concreta no cenário esportivo. Agradeço muito ao Amauri, Leonora Bardini e Samanta Almeida por ajudarem a mostrar ao mundo a força do Brasil”, afirmou Wallid Ismail.
“Agradeço o apoio do prefeito Ricardo Nunes, do vereador George Hato, do secretário de Turismo Rui Alves, do secretário de Esporte Rogério Lins, do secretário-chefe da Casa Civil Enrico Misasi e do presidente da Loterj, Hazenclever Cançado, que entendem a importância do esporte como ferramenta de inclusão social e trabalham incessantemente para gerar oportunidades”, completou o presidente do Jungle Fight.
O vereador George Hato também celebrou o resultado de 2025. “O Jungle Fight gerou oportunidades e movimentou a cidade de São Paulo com edições que valorizaram atletas e profissionais. Agradeço ao prefeito Ricardo Nunes pelo suporte contínuo que faz desde o início de sua gestão”, destacou.
O presidente da Loterj, Hazenclever Cançado, projetou a próxima edição. “Mais uma edição de sucesso absoluto, fechando com chave de ouro o ano. Agora vamos para o Rio de Janeiro. Atenção guerreiros e guerreiras que passaram nas Eliminatórias Jungle, se preparem para darem um show”.
Confira abaixo os resultados completos da edição:
Jungle Fight 143 São Paulo, SP 13 de dezembro de 2025
Tiago Pereira venceu Davi Almeida por finalização a 1min20s do R1
Wagner Reis venceu João “The Future” Carvalho por decisão unânime (triplo 30-26)
Murilo Bento venceu Jonathan Caetano por nocaute a 2min48s do R1
Leandro Silva venceu Lucas Dias por finalização a 1min53s do R3
Joelson Pantoja venceu Mateus Fidelis por nocaute aos 42s do R1
Guilherme Silva venceu Guilherme Trindade por nocaute técnico aos 3min07s do R1
Diego Rojas venceu Gabriel Rickson Lopes por finalização aos 3min26s do R1
Willians Nogueira venceu Guilherme Alves por finalização aos 1min42s do R1
Gabriel Nicolucci venceu David Nogueira por finalização aos 2min47s do R3
Nathalia Pletz venceu Kristiany Carvalho por decisão unânime (triplo 29-28)
Douglas Feitosa venceu Dilermando Lima por finalização aos 3min28s do R1
Rodrigo Ramos venceu Luan Pereira por decisão unânime (triplo 30-27)
Johnatan Brito venceu Victor Moraes por nocaute aos 43s do R1
Anderson Meneghetti encerra a temporada com título mundial na IBJJF - Foto: Divulgação
O brasileiro Anderson Meneghetti, da Checkmat, foi campeão mundial sem kimono faixa-preta Master 2 na categoria pesadíssimo no IBJJF No-Gi Worlds, realizado no último fim de semana em Las Vegas, nos Estados Unidos. O torneio é considerado o campeonato sem kimono mais importante do calendário anual da modalidade
Anderson Meneghetti encerra a temporada com título mundial na IBJJF – Foto: Divulgação
Para chegar ao título, Anderson disputou quatro lutas. Segundo ele, os combates foram travados e exigiram controle estratégico. “Foram quatro lutas bem estratégicas. Nessa categoria ninguém quer se expor muito, porque ninguém quer ficar por baixo, pois é uma categoria de muita força e pressão, então fui trabalhando com calma e ganhando por pontos”, afirmou. A final foi decidida nos pontos. “A luta foi equilibrada do início ao fim”, completou o campeão mundial.
A decisão ainda teve um incidente durante o confronto. “Na final bati cabeça com cabeça e precisei de atendimento para estancar o sangue, mas consegui seguir até o fim”, relatou. O título veio na divisão faixa-preta Master 2 Ultra Heavyweight, a categoria pesadíssimo do campeonato.
Anderson explicou que chegou ao evento sem a certeza de que competiria. “Eu tive um ano difícil, com lesões e sem conseguir treinar da forma que eu gostaria. Até poucos dias antes eu não sabia se iria”, disse.
Vivendo nos Estados Unidos, ele divide a rotina entre aulas na Checkmat e longos deslocamentos. “Aqui tudo é longe. Dou aula em duas academias e isso quebra bastante a rotina de treino”.
A decisão de lutar, segundo ele, foi tomada sem pressão por resultado. “Fui para Las Vegas com amigos, sem muita pretensão. Fui para me divertir, relaxado, e isso acabou ajudando… quando notei, estava na final”, contou.
Sobre o significado da conquista, Anderson foi direto: “Ser campeão mundial é algo que o cara sonha a vida inteira”.
Ao avaliar a temporada, ele destacou o desfecho positivo. “O ano começou conturbado, mas nos últimos meses conseguimos fechar com chave de ouro, sendo campeão mundial”, afirmou.
Para 2026, o planejamento é ampliar a participação em eventos. “Quero me organizar melhor, montar uma agenda de campeonatos e competir mais. Vou tentar lutar mais vezes e também voltar a competir de kimono”, concluiu.
ADXC e etapa da AJP acontecem no Rio no início de 2026 - Foto: Divulgação/ADXC
O Grappling & Jiu-Jitsu Rio Festival vai movimentar a capital fluminense no início de 2026, com as disputas da tradicional edição do Abu Dhabi AJP Tour International Pro e na seletiva do badalado ADXC Selection Series, uma das principais competições de Grappling do cenário mundial. O evento será realizado com portões abertos e entrada gratuita entre os dias 30 e 31 de janeiro e 1 de fevereiro, na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra.
ADXC e etapa da AJP acontecem no Rio no início de 2026 – Foto: Divulgação/ADXC
A realização do festival consolida a posição do Rio de Janeiro como um dos mais importantes palcos do jiu-jitsu no mundo, fomentando a formação de novos talentos e a projeção de atletas às competições internacionais, que confirma a vocação da cidade para eventos de impacto socioesportivo.
O festival tem o patrocínio da Light, via Lei de Incentivo, e da Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
“É uma grande satisfação apoiar a realização do Grappling & JiuJitsu Rio Festival, um evento internacional de enorme relevância para o cenário das artes marciais. Ver a Arena Carioca 1 recebendo atletas de alto nível reforça o valor do legado olímpico e consolida o Rio de Janeiro como um polo esportivo reconhecido mundialmente. O Governo do Estado está comprometido em incentivar competições que movimentam a economia, fortalecem o esporte e inspiram talentos”, declarou o Secretario Interino de Esporte do Rio de Janeiro, Rodrigo Scorzelli.
O AJP Tour International Pro inaugura a temporada com a participação de cerca de 1.200 atletas de diferentes regiões do Brasil e do exterior, com os melhores lutadores da modalidade. Já o ADXC Selection Series, que tem edições nos Emirados Árabes, França e Rússia, apresentará ao público lutas casadas sem quimono (luta agarrada), combinando atletas de MMA com passagens pelo UFC com lendas do Brazilian Jiu-Jitsu. A seletiva funcionará como classificatórias para o Abu Dhabi Extreme Championship.
Serviço:
Evento: Grappling & Jiu-Jitsu Rio Festival 2026
Datas: 30 e 31 de janeiro – AJP Tour Rio de Janeiro Internacional Pro
1 de fevereiro – ADXC Selection Series
Local: Arena Carioca 1, Parque Olímpico, Barra Olímpica, Rio de Janeiro-RJ
Entrada: Gratuito
Tiago Pereira e Davi Almeida fazem a luta principal - Foto: Leandro Bernardes/ Wanderson Oliveira/ Pximages
O Jungle Fight 143 acontece neste sábado (13), em São Paulo, fechando a temporada de 2025. A edição terá duas disputas de cinturão e transmissão ao vivo da Globo, logo após o “Altas Horas”. Sportv e Combate exibem o card completo a partir das 20h, no horário de Brasília.
Tiago Pereira e Davi Almeida fazem a luta principal – Foto: Leandro Bernardes/ Wanderson Oliveira/ Pximages
Na luta principal, o campeão peso-galo (61 kg), Tiago Pereira, representando o Maranhão, tenta a sua terceira defesa de título, além da manutenção de sua invencibilidade: são nove vitórias em nove lutas. O desafiante é Davi Almeida, representante de São Paulo e dono de um cartel de oito vitórias em 11 lutas. Na pesagem oficial, nesta sexta-feira (12), ambos marcaram 60,8 kg na balança.
Wagner Reis luta para defender o cinturão dos moscas contra o inelegível João The Future – Foto: Leandro Bernardes/ Wanderson Oliveira/ Pximages
Quem também luta para defender o posto de campeão, só que dos moscas (57 kg), é Wagner Reis, de Minas Gerais, dono de um cartel de nove vitórias em 13 lutas. Seu adversário, João The Future, não conseguiu vencer a batalha contra a balança e, mesmo em caso de vitória, não receberá o cinturão. O campeão marcou 56,7 kg e o oponente, 58,7 kg, o que também faz com que ele entre na luta com -1 ponto.
“O Jungle Fight mostra que São Paulo é a capital do MMA e um polo de oportunidades para quem vive do esporte. Agradeço ao prefeito Ricardo Nunes, ao vereador George Hato, ao secretário de Turismo Rui Alves, ao secretário de Esportes Rogério Lins e ao secretário-chefe da Casa Civil Enrico Misasi pelo apoio, que fortalece o trabalho social e amplia caminhos para jovens de todas as regiões da cidade. Em 2026 teremos pelo menos seis edições em São Paulo”, disse Wallid Ismail.
O secretário de Turismo Rui Alves destacou o impacto da temporada. “Este ano de 2025 foi fantástico para São Paulo e o Jungle Fight faz parte desse sucesso, atraindo turistas do Brasil e do mundo para assistir ao evento. E atletas de São Paulo, treinem, porque o ano de 2026 terá ainda mais oportunidades no Jungle Fight em São Paulo”, convocou.
O presidente da Loterj, Hazenclever Cançado, também falou sobre o evento. “Vamos para mais uma grande edição do Jungle Fight, que faz a diferença por onde passa, seja no Rio, em São Paulo ou em qualquer outro estado, porque o Jungle ultrapassa a luta, o Jungle é geração de oportunidade e renda, impulsionamento no turismo e, sobretudo, a blindagem dos nossos jovens contra os caminhos errados”.
Ainda há ingressos disponíveis gratuitamente no site oficial do Jungle Fight: https://junglefc.com.br/ingressos-143/. O evento pede para que cada um leve 2 kg de alimentos não perecíveis para ajudar na campanha de Natal Permanente da Legião da Boa Vontade (LBV), que neste Natal irá beneficiar a ceia de 40 mil famílias em todo o Brasil.
Confira abaixo o card completo:
Jungle Fight 143 São Paulo, SP Sábado, 13 de dezembro de 2025
61 kg: Tiago Pereira (MA) x Davi Almeida (SP)
57 kg: Wagner Reis (MG) x João Carvalho (BA)
66 kg: Jonathan Caetano (RJ) x Murilo Bento (SP)
74 kg: Leandro Silva (SP) x Lucas Dias (RJ)
70 kg: Joelson Pantoja (PA) x Mateus Fidelis (MG)
77 kg: Guilherme Almeida (MG) x Guilherme Trindade (RS)
57 kg: Diego Rojas (PER) x Gabriel Rickson Lopes (MT-BRA)
52 kg: Fernanda Alada (SP) x Regiane Martins (MG)
57 kg: Willians Nogueira (SP) x Guilherme Alves (SP)
61 kg: Gabriel Nicolucci (SP) x David Nogueira (VEN)
61 kg: Nathalia Pletz (RJ) x Kristiany Carvalho (SP)
57kg: Dilermando Lima (PA) x Douglas Feitosa (SP)
70 kg: Luan Pereira (SP) x Rodrigo Ramos (SP)
68 kg: Victor Moraes (SP) x Johnatan Brito (SP)
A Professional Brazilian Jiu-Jitsu Federation (PBJJF) acaba de dar um passo ousado e histórico ao lançar “Liga dos Bravus – Os Guardiões do Espírito do Jiu-Jitsu”, um livro infantil que transforma os valores da arte suave em personagens, aventuras e ferramentas pedagógicas para academias no mundo inteiro. A obra nasceu da visão do presidente da federação, João Paulo Ferreira, que desde sempre acreditou que o Jiu-Jitsu poderia dialogar mais profundamente com o universo das crianças.
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“Sempre senti que o Jiu-Jitsu é muito mais do que técnica, é uma jornada de formação. Mas percebia que faltava algo que conectasse esse mundo aos olhos das crianças. Elas não tinham heróis do Jiu-Jitsu para se inspirar”, explica João Paulo. Foi dessa inquietação que surgiu a ideia de criar uma história em que cada criança pudesse se enxergar como protagonista, entendendo que cada treino é uma aventura e que “a força verdadeira nasce de dentro”.
O livro inicialmente teria apenas um personagem, mas rapidamente João Paulo percebeu que precisava representar a diversidade que a PBJJF encontra ao redor do mundo.“A PBJJF alcança vários continentes, então quis trazer essa diversidade para a história. Foi aí que nasceram os seis valores. Transformei cada um deles em um personagem para que cada criança encontrasse um Bravus que combinasse com sua personalidade e seu jeito de viver o Jiu-Jitsu”, conta.
Os Bravus se tornam, assim, ferramentas para professores e academias reforçarem disciplina, respeito, coragem, resiliência e união, pilares que sustentam a filosofia do Jiu-Jitsu desde a infância.
Uma história inspirada pela vida real no tatame
Embora se trate de uma obra infantil repleta de fantasia, sua essência nasce de experiências reais. João Paulo revela que a maior inspiração veio das competições e do ambiente das academias. “Ver as crianças enfrentando seus medos, chorando antes da luta e depois sorrindo de orgulho, ver professores acolhendo seus alunos como verdadeiros filhos, ver famílias inteiras vibrando juntas. Essas cenas reais são muito mais fortes do que qualquer ficção.”
Para ele, o livro é “uma homenagem silenciosa a quem vive o Jiu-Jitsu com amor, propósito e coração”. Mais do que um livro, a obra dialoga diretamente com a missão da PBJJF. “Os eventos da PBJJF são uma escola paralela. Ali se aprende a lidar com ansiedade, autocontrole, respeito, frustração e superação. Quando uma criança sobe no tatame, está treinando habilidades emocionais para a vida inteira”, afirma João Paulo.
Ele reforça que, na visão da federação, vitória sem respeito não constrói legado: “O Jiu-Jitsu não é apenas um evento esportivo. É uma comunidade. Respeitar o outro e honrar o tatame são conquistas tão importantes quanto qualquer medalha.”
O livro marca também o início de um projeto muito maior. João Paulo revela que a federação está criando um ecossistema educacional completo. “Esse livro é o primeiro passo de algo muito maior. Estamos construindo materiais pedagógicos, série animada, novos livros, quadrinhos, cards colecionáveis e programas infantis alinhados aos valores da Liga dos Bravus.”
Os campeonatos também receberão ações temáticas, transformando o ambiente competitivo em um espaço ainda mais lúdico e educativo. Com “Liga dos Bravus”, a PBJJF dá um passo que ultrapassa o tatame. O projeto une esporte, educação, cultura e emoção, criando um universo onde crianças se reconhecem, professores ganham novas ferramentas e o espírito do Jiu-Jitsu se fortalece.
Gregory Rodrigues foi o convidado do Conexão PVT desta quarta-feira e, na conversa com Marcelo Alonso, falou de sua vitória diante de Roman Kopylov no UFC 322, a volta por cima depois do revés contra Jared Cannonier e o que espera ter pela frente no evento.
O peso médio ainda analisou sua categoria, comentou outros destaques do evento, e deu sua opinião sobre o desafio que Khamzat Chimaev vem fazendo a Alex Poatan nos últimos meses.
Marcio Valle com Lucas Caveira e Kevin Borges, premiados como uma das lutas do ano
A cidade de Curitiba recebeu na noite de quarta-feira, 10 de dezembro, mais uma edição da cerimônia anual que prestigia e destaca atletas amadores e profissionais que impactaram positivamente o cenário da luta no estado do Paraná. A Revista 1º Round realiza a premiação desde sua criação, em 2006, sempre evoluindo em formato e proposta. Desde 2022, a escolha dos premiados é feita exclusivamente pela produção da revista — deixando para trás o antigo modelo com júri técnico. O nome também ganhou nova identidade, passando a se chamar First Round Awards, e a edição deste ano foi realizada na Universidade Positivo.
O produtor do evento e editor-chefe da revista, Marcio Valle, agradeceu a presença de todos:
“Na condição de produtor do FIRST ROUND AWARDS e editor-chefe da Primeiro Round, agradeço a presença de todos — especialmente aos que subiram ao palco para receber seus prêmios e à equipe incansável que trabalhou nos bastidores. Este evento só existe porque cada um faz parte dele.”
Marcio Valle com Lucas Caveira e Kevin Borges, premiados como uma das lutas do ano
Ao todo, 37 premiações foram entregues, entre personalidades, empresas parceiras, atletas amadores e profissionais:
* Francisco Paulo Joly “Xicão Joly”
* Mempar Engenharia e Construção
* KFS Incorporadora
* Heverton Gil
* Henri Caminha
* João Viana
* Cristiano Padilha
* Marcão “Face Slap”
* Isabela Castro “Narutinha”
* Maria Luiza Lemos
* Talita Galvão
* João Vitor Cândido
* Victor Verdi “Mortinho”
* Matheus Ponce
* Vinícius Gabriel Muniz
* Asly Guillen
* Walentina “Pitbull” Siqueira
* Lara “Tratorzinho” Ísis
* Ana Júlia Amora Oliveira
* Elias Rodriguez
* Abril Lizardo
* Fernando Machado
* Letícia Orchel
* Rickson Zenidim Bueno
* Alan “Turbo” Silva
* Gabriel “Alemão”
* Flávio Ruths
* Ryan Tupã
* Thay “Avatar” Xavier
* Emanuela Ruas
* Kevin “Galo” Borges vs. Lucas Caveira
* Ryuji Yamauchi
* Eduarda Derlan
* Lucas Bento
* Rafael Tobias Bipolar
* Brunno “Hulk” Ferreira
* Júlia Polastri
Atletas do UFC foram homenageados na categoria International UFC Fighter: Brunno “Hulk” Ferreira, Rafael Tobias Bipolar e Júlia Polastri.
Atletas amadores latino-americanos que treinam em Curitiba e se destacaram ao longo do ano também receberam reconhecimento, como a venezuelana Asly Guillen, a argentina Abril Lizardo e o uruguaio Elias Rodriguez.
Uma categoria inédita foi lançada nesta edição: Reconhecimento Humanitário, premiando a atleta Eduarda Derlan, voluntária durante a tragédia causada pelas fortes chuvas em Rio Bonito do Iguaçu.
Desde 2023, a premiação conta ainda com a categoria Atleta Paralímpico, que nesta edição destacou o atleta Heverton Gil, de Irati.
Em 2026, a Revista 1º Round completa 20 anos de atividades, e promete uma edição histórica com o SPECIAL FIRST ROUND AWARDS.
Rebeca Lima foi eleita a a revelação do esporte olímpico brasileiro em 2025 - Foto: Divulgação/COB
Rebeca Lima venceu a categoria Revelação do Prêmio Brasil Olímpico 2025, na noite desta quinta-feira (11), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, e abriu seu discurso com um desabafo sobre a falta de apoio ao boxe brasileiro.
Rebeca Lima foi eleita a a revelação do esporte olímpico brasileiro em 2025 – Foto: Divulgação/COB
A campeã mundial até 60 kg afirmou que a modalidade segue com pouca participação de empresas e instituições.
“O boxe ainda carece muito de patrocinadores comprometidos com a inclusão social pelo esporte. Essas empresas estatais e privadas são essenciais para aumentar o nosso alcance de atuação e fazer o que o boxe sempre fez, que é transformar vidas”, desabafou.
A atleta relacionou o título mundial em Liverpool à ideia de “revelação”, lembrando que muitos só passaram a acompanhar seu trabalho após a conquista. Rebeca reforçou que o desenvolvimento da carreira é resultado de um processo longo e coletivo.
Em seguida, fez os agradecimentos. “Muitas pessoas e instituições fizeram parte dessa conquista. Agradeço à CBBoxe, às comissões multidisciplinares, à parte técnica, à diretoria, ao COB e ao Ministério do Esporte”, afirmou.
No discurso, Rebeca também ressaltou que a modalidade tem sido uma das maiores fontes de resultados do país, incluindo medalhas olímpicas e títulos mundiais de nomes como Bia Ferreira e dela própria.
A lutadora afirmou esperar que o ciclo olímpico siga com avanços, com mais estrutura e novas parcerias para o boxe brasileiro.
Após a fatalidade que custou o cinturão do campeão Alexandre Pantoja no último UFC numerado do ano, convidamos o ortopedista Rickson Moraes, referência em cotovelo e ombro, para destrinchar a contusão. Mesmo ressaltando a importância do exame de imagem para um laudo definitivo, Rickson explicou com imagens de livros todas as possibilidades neste tipo de lesão, analisando tempo de recuperação e retorno no pior e no melhor cenário.
Com a experiência de ter operado dezenas de atletas do MMA, Moraes listou quais as lesões que mais acometem lutadores, falou da importância da fisioterapia preventiva e explicou porque não considera viável que o UFC tenha um oftalmologista em cada evento para prevenir lesões provenientes de dedadas como a ocorrida com o campeão dos pesados Tom Aspinall.