A estreia de Patricky Pitbull no Japão foi perfeita. O potiguar realizou o seu sonho de lutar na terra do sol nascente com um nocaute espetacular sobre o veterano Tatsuya Kawajiri na primeira rodada do torneio do Rizin Fighting Federation, realizado no último sábado (12) na cidade de Osaka. Uma joelhada voadora cinematográfica abriu caminho para o nocaute de Patricky em apenas um minuto de luta. O peso leve brasileiro, que passou por uma cirurgia no punho há seis meses, disse que esperava o nocaute, mas que acreditava que a luta fosse um pouco mais complicada.
“Eu esperava o nocaute, mas acreditava que seria uma luta mais difícil, até porque o Kawajiri é um cara muito experiente. Eu imaginava que ele fosse querer me derrubar e tentar me abafar, mas eu consegui ficar na distância certa e acertar o tempo da defesa de quedas. Eu estava um pouco preocupado com a minha mão, mas, graças a Deus, eu não senti nada. Foi tudo perfeito. Até na questão do fuso horário, que era uma das coisas que mais me preocupava, junto com a alimentação, deu tudo certo. Me adaptei muito fácil. Sou um cara disciplinado e regrado, e fiz tudo certo para me adaptar rápido e não sentir nada no dia da luta”, contou.
Com a vitória, Patricky avançou para a semifinal do GP e agora terá pela frente o compatriota Luiz Gustavo “Killer”, que nocauteou Hiroto Uesako também no primeiro round. A semifinal e a final irão acontecer na mesma noite, em evento que está programado para o dia 31 de dezembro na Saitama Super Arena, em Tóquio.
“A próxima luta será em Tóquio, na virada do ano. Eu vou lutar contra o brasileiro Luiz Gustavo “Killer”. Quem avançar pega o vencedor de Tofiq Musayev e Johnny Case. Espero vencer a minha luta, passar para a final e conquistar esse torneio. Quero conquistar esse cinturão para o Bellator, que me deu a oportunidade de representar a organização no Rizin, para o Brasil e para o Nordeste”, prometeu o irmão de Patrício.
Antes da estreia no torneio, Patricky revelou uma certa ansiedade para fazer o debute diante dos fãs japoneses. Com 14 anos de carreira no MMA, ele nunca havia lutado no Japão, e essa era um sonho antigo que ele conseguiu realizar no último final de semana. O potiguar contou que ficou impressionando com o carinho dos fãs japoneses e relembrou uma situação que aconteceu após a luta que demonstra com clareza a idolatria do fã japonês com o lutador de artes marciais.
“É uma sensação muito diferente. O fã japonês é diferenciado. Eles são diferentes de qualquer outro fã do mundo. Eles tem uma carinho especial pelo lutador. Pra você ter uma ideia, uma hora depois do evento, eu estava entrando no ônibus para voltar para o hotel e, quando eu olhei pela janela, tinha uns 30 fãs japoneses na chuva, esperando os lutadores passarem para tirar uma foto e conseguir um autógrafo. Eu fiz questão de descer do ônibus e sai correndo batendo na mão de todos. Eles ficaram muito felizes. A admiração que o fã japonês tem pelo lutador de MMA é a mesma que um fã brasileiro tem por um jogador de futebol. Lutar no Japão foi muito especial. Estou muito ansioso para ver como será a recepção em Tóquio, pois lá é onde acontecem os maiores shows”, concluiu.