PFL: Em noite histórica para o MMA nacional, brasileiros faturam três cinturões e cerca de 17 milhões de reais

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Por Marcelo Alonso

Noite histórica para o MMA nacional. Três brasileiros faturaram juntos quase 17 milhões de reais na noite dessa quarta-feira nas finais do GP da PFL. 

Raush Manfio, que até alguns meses fazia faxinas para garantir o sustento da família na Flórida, abriu a noite faturando o primeiro milhão de dólares após vencer Loik Radzhabov numa guerra de 5 rounds na final dos leves. Demitido há 9 meses do UFC Antônio Cara de Sapato veio na sequência finalizando o norueguês Marthin Hamlet no 1º round, faturando o cinturão do GP dos meio-pesados. Bruno Cappelozza fechou a noite vencendo, pela segunda vez, o croata Ante Delija, conquistando o terceiro milhão e o cinturão dos pesados. 

Depois desta noite histórica me veio à cabeça o discurso premonitório de Rickson Gracie, que finaliza o livro do colega Felipe Awi (Filho Teu Não Foge À Luta). Após seu irmão Royler Gracie e Eugênio Tadeu lutarem por quase uma hora em 1988 na academia Gracie num confere à portas fechadas, sem vencedores, Rickson disse. 

“Parabéns aos dois guerreiros. Estamos aqui nos confrontando, simplesmente para mostrar nosso ponto de vista de provar qual a melhor luta; mas acredito que, futuramente, a gente possa conciliar o interesse técnico, do esporte, da eficiência, com o financeiro, para podermos ganhar dinheiro profissionalmente, vivendo disso. O nosso esporte tem que ser valorizado”. 

Se este dia já havia chegado para duas gerações de campeões do Pride e UFC, nesta última quarta-feira foi democratizado pela PFL.

Que esta grande conquista da nova geração os ajude a lembrar sempre daqueles que começaram a abrir este caminho. Nomes como Carlos Gracie, George, Hélio, Conde Koma, Geo Mori, irmãos Ono, Carlson, Ivan Gomes, Waldemar Santana, Euclides Pereira, João Alberto, Euclydes Hatem, Rolls, Rei Zulú, Marcelo Behring, Flávio Molina e tantos outros que ajudaram a construir o esporte mas não chegaram a usufruir financeiramente dele.