Apontado desde muito novo como uma das esperanças brasileiras na divisão dos galos, Matheus “Adamas” Mattos estreia no Bellator nesta quinta-feira, dia 10, em Connecticut, EUA. Com passagem pelo The Ultimate Fighter Brasil 4, em 2015, e vindo de vitória no evento russo ACB, o fluminense de Araruama, que treina com os irmãos Patricky e Patrício Pitbull em Natal, garante que chega na organização para cravar seu nome na história.
“Meu início nos eventos brasileiros foi muito bom, tive uma grande experiência no TUF 4 e as três lutas duríssimas que eu fiz pelo ACB me deixaram tarimbado para lutar contra os melhores do mundo. Acredito que estou no melhor momento da minha carreira. Claro, ainda tenho a crescer, mas cada passo vai me ajudar a chegar aonde eu quero, que é ser campeão mundial no Bellator”, frisa o lutador de 28 anos.
O adversário de Matheus Mattos na estreia será o russo Magomed Magomedov, que venceu 16 das 17 lutas que disputou como profissional. Um de seus triunfos foi contra o atual campeão peso-galo do UFC, Petr Yan, em 2017, que o devolveu a derrota na revanche ocorrida um ano depois. O brasileiro reconhece o alto nível do adversário, mas esbanja confiança para cravar uma noite feliz na quinta.
“O Magomed é um cara duro, tem um cartel bom, enfrentou caras duros também e acredito numa guerra. Aliás, sempre que entro no cage eu entro pronto para uma guerra. Treino a minha carreira inteira para enfrentar os melhores do mundo e agora é o momento de mostrar ao mundo quem é Matheus Mattos. Não me vejo perdendo esta luta, me vejo nocauteando ou finalizando ele. É a luta que vai me levar ao top 10 do Bellator”, acredita.
Assim como o oponente, Matheus Mattos também teve a experiência de enfrentar Petr Yan. Foi em 2017, pelo ACB. Na ocasião, o russo levou a melhor com um nocaute no terceiro round. É a única derrota do brasileiro em 14 lutas como profissional – as outras foram 12 vitórias e 1 empate. Em vez de lamentar, ele viu esse único resultado negativo como uma oportunidade de se reinventar.
“Tirei a lição de que eu precisava urgentemente ampliar o meu jogo. Eu estava focado em uma só arte e isso me deixou previsível naquele momento. Resgatei minha raiz, que é o Muay Thai, e vim para os EUA no final de novembro para terminar o camp aqui com o capitão (Eric Albarracin) e dar ênfase na melhora do meu Wrestling. Surgiram suspeitas de COVID na equipe e para evitar o risco de me contaminar, uni o útil ao agradável. Mas graças a Deus o pessoal testou negativo e estão todos bem”, explica “Adamas”.
Se seguir os passos de Patricky e Patrício Pitbull na organização, Matheus Mattos tem tudo para escrever seu nome na história do evento. Pupilo dos irmãos, ele absorve lições desde o seu início nas artes marciais, quando os conheceu no Rio de Janeiro.
“Tenho uma amizade de longa data com os irmãos Pitbull, iniciada quando treinávamos na Team Nogueira. Sempre que podia eu estava treinando com eles, aprendendo com eles, até porque, enquanto eu apenas começava a carreira, eles já eram atletas internacionais. Com certeza fazer parte da equipe deles pesou na minha contratação pelo Bellator. Agora está tudo em casa: Patrício, Patricky, Leandro Higo, Ilara Joanne e, agora, eu. Ano que vem vai ter a estreia também do Gugu e quem sabe mais atletas da Pitbull Brothers se juntam à gente.”