No aguardo de uma próxima luta no UFC, Davi Ramos revela nova fase da equipe Top Brother

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Lutador brasileiro revelou seus planos para 2020 – Foto: Gleidson Venga

Com uma carreira consolidada no Jiu-Jitsu e também no MMA, onde atualmente integra o plantel do UFC na categoria peso-leve, Davi Ramos está feliz com o rumo que sua carreira tomou ao longo dos últimos anos. No entanto, o lutador segue na busca por novas realizações e uma delas está tomando cada vez mais forma. Trata-se da equipe Top Brother, liderada por seu professor, Cezar Guimarães, o “Casquinha”, que vem passando por uma importante transformação e, além do Jiu-Jitsu, agora conta também com atletas voltados para o MMA.

“Desde que assinei com UFC e voltei a morar no Rio de Janeiro, trouxe meu mestre Casquinha para estar ao meu lado. Ele é uma pessoa que me passa muita confiança e credibilidade em mim mesmo, então quando saí da Team Nogueira, ele me propôs voltar com a Top Brother MMA, até que reconhecemos um nome para esse novo time que estamos formando. Junto ao professor Erivan Conceição, na parte de Boxe, nos sentamos e conversamos sobre a necessidade de eu continuar minha evolução na parte em pé, mas sem deixar de lado o que tenho de melhor. Foi então que trouxemos o professor e atleta olímpico Antoine Jaoude, e também o professor Airton na parte de Muay Thai. Com tudo isso, alguns atletas que já treinavam comigo na Team Nogueira vieram fazer parte do time. Atletas estes que já estão a todo vapor e com lutas marcadas. No evento russo ACA, temos o Josiel ‘Açougueiro’, que lutará dia 6 de março, na Rússia, contra um atleta invicto. Temos o Rodrigo Praia, que também está escalado para lutar contra um ex-UFC, o Magomed Bibulatov, e será o maior desafio dele até hoje na organização. Também temos o Herdeson Batista ‘Capoeira’, que fará uma luta importantíssima, que pode lhe colocar rápido em uma disputa de título, pois irá lutar contra um grande prospecto russo, Yusuf Raisov. A Bruna Vargas luta dia 15 de março no Taura MMA, e mais dois atletas já têm lutas marcadas para abril, o Popey e Wallace, temos o Wilker Feijão como campeão meio-médio do Jungle Fight, então vejo um grande time se formando. Por enquanto, estamos intercalando os treinos entre a academia do professor Everaldo e também a academia KS, até que nossa academia fique totalmente pronta. Estou muito feliz com esse momento que estou vivendo, principalmente porque vou ter minha própria academia, onde também terei meus alunos de Jiu-Jitsu, e isso está me deixando cada dia mais feliz”, celebrou o faixa-preta.

Em relação à sua carreira no MMA, o brasileiro vinha de quatro vitórias consecutivas, mas em sua última apresentação, em setembro do ano passado, acabou sendo derrotado por Islam Makhachev no UFC 242. Passados cinco meses do confronto em questão, Davi tirou lições importantes da luta e, ao revelar que lutou lesionado, deixou claro que não lutará mais nesse tipo de situação.

“Primeira lição que eu tirei dessa última luta é de não lutar machucado. Queira ou não, você já entra para lutar com receio, e isso tira um pouco de confiança, então nunca mais lutarei lesionado. Meu desempenho não foi como eu esperava. Mesmo lesionado, minha cabeça só enxergava a vitória e ele fez um jogo totalmente diferente do que ele costuma fazer e me manteve na longa distância, até que no terceiro round recebi uma joelhada, onde caí, e no momento que me dei conta, já estava tarde. Fiquei lutando fora de mim por dois minutos para terminar ‘lutando no automático’, recuperei bem, mas não foi o suficiente. Espero voltar melhor, mais forte e mais rápido pra colocar meu jogo de volta em ação e voltar a vencer”.

Apesar do revés em seu último duelo, Davi Ramos segue em boa posição na categoria peso-leve e, sem esconder suas preferências, está em busca de um adversário para sua próxima luta no Ultimate. O casca-grossa citou os nomes de Edson Barboza, Al Iaquinta e Gregor Gillespie como lutadores que gostaria de enfrentar.

“Conversei com meus empresários e propus a eles alguns nomes que estão no ranking da categoria, e até mesmo mencionei meu compatriota Edson Barboza, mas com todo respeito, claro. Acho ele um lutador incrível e impecável na trocação, seria um confronto de estilos e me faria um grande teste na luta em pé. Propus uma luta contra o Edson Barboza e outros atletas que também vem de derrota, assim como eu, acredito que faria grandes lutas contra nomes como o Al Iaquinta e o Gregor Gillespie, mas sou atleta do UFC e estarei pronto para encarar qualquer um da divisão”, encerrou.