https://www.youtube.com/watch?v=NSRxrFEgVYA
A lenda Marco Ruas bateu um papo antológico no RESENHA PVT dessa quinta-feira, que está disponível na íntegra em nosso canal no Youtube. Acesse, se inscreva, deixe seu lime e assista. Além de relembrar detalhadamente os bastidores dos momentos mais marcantes de sua carreira, o pai do cross-training também revelou histórias inéditas.
O início da rivalidade com Rickson Gracie, claro, foi assunto. De acordo com Ruas, tudo começou com a proposta de um empresário, que ofereceu um bom dinheiro para casar o duelo. Ruas aceitou, mas acabou esbarrando em Hélio Gracie, o que quase custou sem emprego de professor na academia.
“Não era nada pessoal, eu não tinha nada contra ele (Rickson), era algo profissional. Eu precisava da grana, era casado, tinha filhos… Mas por causa disso eu virei inimigo, ‘ o cara que quer lutar com os Gracie’”, relembrou. “O Hélio apareceu na Corpore: ‘O Ruas, a mim você não me engana, você é lutador de Jiu-Jitsu. Ruas, vou falar com os donos dessa academia’. Eu subiu lá… Cara, quase que eu fui despedido. Os sócios ficaram apavorados: ‘Ruas, pelo amor de Deus, não traz isso para a academia, os Gracie têm mania de invadir academia, de briga e a gente não quer isso aqui.”
Sempre lembrado por fãs e especialista como um dos grandes nomes que precisa ser incluindo no Hall da Fama do UFC, Marco Ruas prefere exaltar o reconhecimento que finalmente vem tendo no Brasil. Recentemente ele batizou o troféu de honra ao mérito entregue pelo Prêmio Osvaldo Paquetá aos bombeiros do Rio de Janeiro que participaram da missão de resgate em Brumadinho-MG, numa ação da LBV, Rádio Super Brasil, Prime Esportes e Boomboxe.
“Eu sei que eu tenho participação no esporte, eu sei que consegui mudar a mentalidade dos lutadores. Era todo mundo contra aquilo que eu falava… ‘só o Jiu-Jitsu vai ganhar’. Eu: ‘não, tem que treinar outas coisas, é importante o Jiu-Jitsu, mas tem que treinar outras modalidades’. Esta homenagem, para mim, com sinceridade, sem demagogia, vale mais que o Hall da Fama. Eu fiz tudo isso para ser reconhecido no meu país, no Brasil, pelo meu povo, não para ser reconhecido nos Estados Unidos.”