Recentemente incluído no Hall da Fama do UFC, Wanderlei Silva participou esta semana do Mundo da Luta, podcast do Combate, e falou sobre o desejo de fazer um desafio “de verdade” no boxe. Silva expressou decepção com o recente duelo entre Anderson Silva e Chael Sonnen, uma exibição que terminou empatada.
“É uma nova forma de entretenimento que está se abrindo. O que posso dizer é o seguinte: quando Wanderlei Silva tiver uma luta de exibição, vocês verão o que é uma exibição de verdade. Tem que ser real. Se eu tivesse a oportunidade de bater no Chael Sonnen, o que vocês acham que eu faria? Eu ia bater no Sonnen, os caras tinham que me dar essa oportunidade (risos). Não sou amigo dele, sou apenas um conhecido”, disse Wand.
Embora o veterano do Pride tenha tido alguns momentos intensos com Sonnen na terceira temporada do “The Ultimate Fighter: Brasil” em 2014, ele deixa claro que agora tem uma boa relação com o americano: “Ele é um cara legal. Gosto dele, a rivalidade acabou”, disse Silva.
Ainda considerando a ideia de sair da aposentadoria do MMA para lutar sob as regras do boxe, Silva sugeriu dois antigos rivais que ele gostaria de enfrentar.
“Eu gostaria de pegar um atleta que eu já enfrentei, uma revanche. Quinton Jackson, por exemplo, seria legal. Está 2-2 e poderíamos fazer uma luta de desempate no boxe. Ricardo Arona também. Ele não luta há um tempo. Já lutei com Arona no jiu-jitsu (querendo dizer que lutou na especialidade do rival – o chão – nos dois duelos no Pride), mas ele ainda não lutou boxe comigo. Por que não? Estou treinando, mas não tenho pressa. Vamos promover primeiro. Seria legal fazer isso no Brasil. Não luto aqui há um tempo. Seria bom lutar para o meu público.”
O “Cachorro Louco” também falou da emoção de receber o troféu do Hall da Fama das mãos de seu filho ao lado de seu amigo e parceiro de treino da Chute Boxe, Mauricio Shogun.
“Tudo acontece na hora certa. Se eu tivesse recebido esse prêmio antes, não teria sido apresentado pelo meu filho. Foi uma emoção única ser apresentado por ele e ao lado do Shogun, que é um cara que admiro muito e acompanho desde o começo. Ele diz que em algum momento se inspirou em mim, mas eu também me inspirei nele. Antes daquela luta contra ‘Rampage’ Jackson no Pride, eu disse que ele só precisava de uma grande luta para mostrar seu poder. Ele superou ‘Rampage’ e, depois disso, venceu o Pride 2005 e teve grandes vitórias que o levaram ao Hall da Fama.”
