Yuri Simões relembra derrota polêmica para Gordon Ryan e projeta vitória em revanche no ADCC

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Ryan e Simões farão a superluta no ainda distante ADCC 2024 (Foto: Flograppling)

Por Alan Oliveira

Após vencer quatro lutas, Yuri Simões foi campeão do cobiçado absoluto no ADCC 2022, em setembro. Além do título, garantiu a oportunidade fazer a superluta contra Gordon Ryan no ainda distante ADCC 2024. Em entrevista ao PVT, descansando após “12 semanas de treino insano, e 95 min de luta em 2 dias”, o brasileiro, que enfrentou o “bicho-papão” quatro vezes e teve quatro derrotas, projeta um duelo inédito, no qual terminará com o braço levantado.

“Acredito que tanto ele quanto eu evoluímos muito. Acho que eu deveria ter vencido o nosso último confronto no mundial No Gi, porém apesar do resultado duvidoso da nossa última luta acredito que aprendi muito sobre ele naquele combate. Talvez eu não o venceria hoje, mas tenho muito tempo para estudá-lo e para evoluir todos os aspectos do meu jogo. Com certeza chegarei mais do que preparado para ser o campeão dessa próxima luta. Sou o mais equipado e preparado no grappling para um confronto contra o Gordon, ninguém vai ganhar dele até 2024. Confio no meu potencial, se eu não acreditar que vou vencer, estou na profissão errada. E eu irei vencê-lo!”, prometeu o campeão, relembrando luta polêmica contra o americano.

“Foi na nossa primeira luta no EBI. Eu havia sido superior no tempo de regulamento e depois ele bateu duas vezes no overtime. Eu afrouxei o estrangulamento, algo natural quando alguém bate, e ele escapou. Você pode assistir a luta e o próprio comentarista falando que eu o finalizei. Na nossa última luta em 2018 eu deveria ter ganhado por uma vantagem de passagem de guarda, e na verdade quem ganhou foi ele por uma vantagem que não existiu”, contestou o lutador: “Mas ele é realmente bom, e está ajudando muito o esporte, está valorizando e trazendo muitos olhos para o jiujitsu”, elogia Yuri.

Yuri Simões venceu Nicholas Meregali na final por duas punições após 0-0, e venceu o Absoluto (Foto: Flograppling)

Apesar de inevitavelmente pensar no duelo, essa não é a prioridade de Simões agora. Ele quer desfrutar depois de vencer oponentes duríssimos e ser campeão do maior evento de grappling do mundo, colocando na estante o cinturão do absoluto ao lado dos conquistados nos 88kg no ADCC 2015 e nos 99kg em 2017.

“Só olhar a minha chave e o nível dos atletas que lutei, e eu lutei com todos em seus respectivos territórios. Caí por cima contra os leg lockers, troquei queda contra os wrestlers, joguei em pé por cima e por baixo contra o Nicholas Meregali. Acredito que fui superior a todos em todas as áreas. Mas sou muito crítico comigo mesmo e sempre procuro observar o que poderia ter feito de melhor”, analisou Simões.

Além na carreira no grappling, Yuri estuda fazer sua terceira luta no MMA, onde lutou pela última vez em fevereiro deste ano, no ONE FC. Dividir-se entre as modalidades não só é uma questão financeira, mas de vontade de se manter ativo.

“Pretendo voltar logo porque eu nasci pra lutar. O dinheiro pra mim não é nem nunca foi o maior motivador pra fazer o que faço. Porém, lógico que não podemos ficar parados, nem nos desvalorizarmos. O MMA ainda paga melhor, porém o grappling está melhorando muito nesse sentido”, finalizou o campeão.